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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Os mesmos, ou outros?
No romance de Victor Hugo, "Noventa e três» (1793, auge da Revolução Francesa, e de Robespierre, Danton, Marat), é-nos descrita e demonstrada a colaboração activa da Inglaterra (através de Pitt) na contra-revolução, no apoio aos nobres feudais da Normandia e da Bretanha (guerra civil da Vendeia) - não a todos porque alguns aliaram-se à Revolução -, acirrando estes os camponeses (de resto, quase todos vivendo na miséria e submetidos durante séculos ao jugo feudal) com a ajuda preciosa de muitos clérigos- destes não todos, porque houve bastantes que foram revolucionários e outros tantos que se despadraram. Romance que importava ler ou reler, pois que, por associação de ideias, lembra-nos as milícias populares que perseguiram os exércitos napoleónicos que invadiram por três vezes Portugal. E lembra-nos, salvaguardadas as diferenças, a revolta da Maria da Fonte, mas, sobretudo, a contra-revolução miguelista (a tal «caceteira») que semeou mortes e destruição, e perdeu. Camponeses, padres, Rei, nobreza. É de pensar. E de lembrar o que Marx escreveu sobre os camponeses. E, já agora, a contra-revolução ao 25 de Abril...
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3 comentários:
Os livros velhos e usados rejuvenescem-nos.
Zé,
Os livros são os nossos amigos mais fiéis. Rejuvenescem-nos e amadurecem-nos.
Um abraço
Boa sugestão! Nunca li esse livro...
Abraço!
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