A questão prioritária, urgente, que se apresenta a todos os cidadãos, quer tenham ainda uma actividade exclusivamente intelectual, quer não a tenham exclusivamente, é a salvaguarda do Estado Social. Traço identitário das sociedades europeias é uma das admiráveis conquistas do século passado. Não é o socialismo, mas é o que de melhor se pôde conseguir com muitas batalhas políticas e sociais. O próprio capitalismo não se deu mal com ele, podendo desenvolver-se com longos períodos de prosperidade dentro desses limites e regras. Perder o Estado Social é um retrocesso civilizacional. Este horror económico que se está a alastrar como uma peste, destrói a coesão social, acumula a riqueza num pólo e a miséria no outro, escraviza milhões de seres humanos, delapida os recursos pondo em perigo a sobrevivência.
Aquilo que nos separa ou aproxima é a defesa e o melhoramento do Estado Social, ou não. Não é mentir com palavras quando os actos as contradizem.
Essa questão é um critério, uma pedra-de-toque, uma avaliação. Desviarmo-nos para outras questões é um comportamento de diletante irresponsável. O que está em jogo é isso e isso é muito sério.
1 comentário:
Lamentavelmente, o 'acessório' substitui-se ao 'principal' e essa opção não é inocente.
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