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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acontecimento

Existe na história da filosofia ocidental um punhado de termos que fizeram um prolongado percurso com êxito: Lembremos, por exemplo, o termo "Vontade": foi "Vontade Geral" em Rousseau, "Vontade Boa" em Kant, "Vontade-Força" em Shopenhauer, "Vontade" em Nietzsche, etc. Kant vai buscá-la Rousseau, Shopenhauer a Kant, Nietzsche a este, etc. Está claro que varia o termo conforme o conceito que cada um lhe atribui.
Existe hoje, no pós-modernismo, um termo semelhante quanto à sua digerssão por diversos pensadores: "Acontecimento" (Alain Badiou, Deleuze, Rancière, etc.). O propósito é denunciar modelos universalistas petrificados e metafísicos, que incluem a "identidade" e a "semelhança"; a intenção é revelar que tudo é diferente de tudo, que a casualidade persiste sobre a causalidade, a variação sobre o invariante, a identidade múltipla e quase amorfa sobre a identidade fixada.
Aqui, como sempre, o problema fundamental está na categoria de "causalidade". Se tal coisa existe, ou aconteceu, o que a tornou possível?
Um acontecimento pode ser previsto, preparado, organizado, provocado?
Questões decisivas para os historiadores, sociólogos, psicólogos, filósofos, cientistas de uma maneira geral.
O filósofo francês Jean Salem oferece-nos uma perspectiva penetrante sobre o "Acontecimento" da Revolução Russa de 1917: «Lénine e a Revolução». Um livrinho -em português- a ler com urgência.

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