O modo como cada um enriquece pode importar muito. Em primeiro lugar, para se caracterizar o modo de produção dominante (se assenta na apropriação privada dos excedentes, ou não) numa determinada sociedade; em segundo lugar, o regime político que permite ou justifica essa forma de enriquecimento considerando-o legal (através das leis que promulga) e legítimo (conforme ao tipo de economia dominante); em terceiro lugar, para se avaliar da coerência entre as palavras e os actos desse indivíduo. Uma coisa é a moral dominante em determinado período histórico, que promove e justifica determinadas práticas sociais (económico-financeiras, a compra e venda da força de trabalho, salário e lucro, etc.), outra coisa é a ética, que descreve as relações entre as ideias e as intenções e as práticas sociais historicamente determinadas (a Ética, enquanto área filosófica, investiga a possibilidade de princípios universais de uma moral racional).
O actual Presidente da República e candidato é coerente. Sendo como foi, e é, um dos principais responsáveis pela deriva neo-liberal das políticas económicas do nosso país, e pela política de dependência relativamente à partilha da Europa pelas grandes potências, enriqueceu legitimamente sob estas políticas e através do seu poder pesssoal.
São estas políticas que importa discutir. O modo de prdoução, o neo-liberalismo, o Regime e o poder de uma élite.
1 comentário:
E um facto, mas, pelo menos em teoria, também essa política tem, ou devia ter, regras.
bfs
Enviar um comentário