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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O novo inimigo mortal

 


John Pilger

a supremacia aérea sobre o Japão poderia ter exercido pressão suficiente para provocar a rendição incondicional e evitar a necessidade de invasão. Com base numa investigação detalhada de todos os factos e apoiada pelo testemunho dos líderes japoneses sobreviventes envolvidos, o Observatório [Observatório de Bombardeamentos Estratégicos dos Estados Unidos] é de opinião que ... o Japão se teria rendido mesmo que as bombas atómicas não tivessem sido lançadas, mesmo que a Rússia não tivesse entrado na guerra [contra o Japão] e mesmo que nenhuma invasão tivesse sido planeada ou contemplada.

 

 

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Quando fui a Hiroshima pela primeira vez, em 1967, a sombra nos degraus ainda estava lá. Era uma impressão quase perfeita de um ser humano descontraído: pernas afastadas, costas dobradas, uma mão ao lado enquanto aguardava a abertura de um banco.

Às oito e quinze da manhã de 6 de agosto de 1945, ela e a sua silhueta ficaram queimadas no granito.

Fiquei a olhar para a sombra durante uma hora ou mais, depois desci para o rio onde os sobreviventes ainda viviam em barracas.

Encontrei um homem chamado Yukio em cujo peito estava gravado o padrão da camisa que usava quando a bomba atómica caiu.

Ele descreveu um enorme clarão sobre a cidade, “uma luz azulada, algo como um curto-circuito”, após o que o vento soprou como um tornado e começou a cair chuva negra. “Fui atirado ao chão e notei que restavam apenas os pés das minhas flores. Tudo estava quieto e silencioso, e quando me levantei, havia pessoas nuas, sem dizer nada. Algumas delas não tinham pele ou cabelo. Eu tinha a certeza de que estava morto”.

Nove anos depois, voltei para o procurar e tinha morrido de leucemia.

Nenhuma radioatividade nas ruínas de Hiroshima”, dizia a  primeira página do The New York Times,  em 13 de setembro de 1945, um clássico da desinformação fabricada.. “O general Farrell”, relatou William H. Lawrence, “negou categoricamente que [a bomba atómica] produzisse uma radioatividade perigosa e persistente”.

Apenas um repórter, o australiano Wilfred Burchett, enfrentou a perigosa jornada para Hiroshima logo após o bombardeamento atómico, desafiando as autoridades de ocupação dos Aliados, que controlavam o “pacote de imprensa”.

Escrevo isto como um aviso ao mundo”, relatou Burchett no London  Daily Express,  de 5 de setembro de 1945. Sentado nos escombros com sua máquina de escrever Baby Hermes, descreveu enfermarias de hospitais cheias de pessoas sem ferimentos visíveis que estavam a morrer do que ele chamou “uma praga atómica”.

Por essa razão, foi-lhe retirada a sua carteira de jornalista, foi ridicularizado e enxovalhado. O  seu testemunho da verdade nunca foi perdoado.

O bombardeamento atómico de Hiroshima e Nagasaki foi um assassinato em massa premeditado que largou uma arma de criminalidade intrínseca. Foi justificado por mentiras que formam o alicerce da propaganda de guerra americana no século XXI, lançando um novo inimigo e alvo – a China.

Durante os 75 anos que passaram sobre Hiroshima, a mentira mais duradoura é que a bomba atómica foi lançada para acabar com a guerra no Pacífico e salvar vidas.

Mesmo sem os ataques com bombas atómicas”, concluiu o Observatório de Bombardeamentos Estratégicos dos Estados Unidos, em 1946, “a supremacia aérea sobre o Japão poderia ter exercido pressão suficiente para provocar a rendição incondicional e evitar a necessidade de invasão. Com base numa investigação detalhada de todos os factos e apoiada pelo testemunho dos líderes japoneses sobreviventes envolvidos, o Observatório é de opinião que ... o Japão se teria rendido mesmo que as bombas atómicas não tivessem sido lançadas, mesmo que a Rússia não tivesse entrado na guerra [contra o Japão] e mesmo que nenhuma invasão tivesse sido planeada ou contemplada”.

Os Arquivos Nacionais em Washington contêm documentadas tentativas de paz japonesas, registados desde 1943. Nenhuma foi realizada. Um telegrama enviado em 5 de maio de 1945 pelo embaixador alemão em Tóquio e intercetado pelos EUA deixou claro que os japoneses estavam desesperados para declarar a paz, incluindo a “capitulação, mesmo que os termos fossem difíceis”. Nada foi feito.

O Secretário da Guerra dos EUA, Henry Stimson, disse ao presidente Truman que estava “com medo” de que a Força Aérea dos EUA tivesse o Japão tão “bombardeado” que a nova arma não seria capaz de “mostrar sua força”. Stimson, mais tarde, admitiu que “nenhum esforço foi feito para a rendição, e nenhum foi seriamente considerado, de modo a que não tivesse de se usar a bomba [atómica]”.

Os colegas de política externa de Stimson – olhando para a era do pós-guerra que eles estavam a moldar “à nossa imagem”, como o famoso pensador da Guerra Fria George Kennan disse – deixaram claro que estavam ansiosos “por enfrentar os russos com a bomba [atómica] ostensivamente no nosso flanco”. O general Leslie Groves, diretor do Projeto Manhattan, que produziu a bomba atómica, testemunhou: “Nunca houve ilusões da minha parte de que a Rússia era nossa inimiga e que o projeto tinha sido conduzido com base nisso”.

No dia seguinte à extinção de Hiroshima, o Presidente Harry Truman expressou a sua satisfação pelo “enorme sucesso” da “experiência”.

A “experiência” continuou muito depois de a guerra ter terminado. Entre 1946 e 1958, os Estados Unidos fizeram explodir 67 bombas nucleares nas Ilhas Marshall, no Pacífico: o equivalente a mais de uma Hiroshima por dia, durante 12 anos.

As consequências humanas e ambientais foram catastróficas. Durante as filmagens do meu documentário,  The Coming War on China , aluguei uma pequena aeronave e voei para o atol de Bikini e as Ilhas Marshall. Foi aqui que os Estados Unidos fizeram explodir a primeira bomba de hidrogénio do mundo.  A terra permanece envenenada. Os meus sapatos revelaram-se “inseguros” no meu Contador Geiger. As palmeiras tinham formas que não eram deste mundo. Não havia pássaros.

Caminhei pela floresta até ao exato bunker onde, às 6h45 da manhã de 1 de março de 1954, o botão foi acionado. O sol, que já tinha nascido, voltou a nascer e vaporizou uma ilha inteira na lagoa, deixando um enorme buraco negro que, visto do ar é um espetáculo ameaçador: um vazio mortal num lugar de beleza.

A chuva radioativa espalhou-se rapidamente e “inesperadamente”. A história oficial afirma que “o vento mudou de repente”. Foi a primeira de muitas mentiras, como revelam os documentos desclassificados e os testemunhos das vítimas.

Gene Curbow, o meteorologista designado para monitorizar o local do teste, disse: “Eles sabiam para onde iria a chuva radioativa. Mesmo no dia do lançamento, eles ainda tiveram a oportunidade de evacuar pessoas, mas [as pessoas] não foram evacuadas; não fui evacuado ... Os Estados Unidos precisavam de alguns porquinhos da Índia para estudar os efeitos da radiação”.

Como Hiroshima, o segredo das Ilhas Marshall era uma experiência calculada sobre a vida de um grande número de pessoas. Este foi o Projeto 4.1, que começou como um estudo científico de ratos e se tornou uma experiência em “seres humanos expostos à radiação de uma arma nuclear”.

Os habitantes das ilhas Marshall, que conheci em 2015 – como os sobreviventes de Hiroshima, que entrevistei nas décadas de 1960 e 1970 – sofriam de uma variedade de cancros, geralmente cancro da tiróide; milhares já tinham morrido. Abortos e nados-mortos eram comuns; aqueles bebés que viviam eram, muitas vezes, horrivelmente deformados.

Ao contrário de Bikini, o atol de Rongelap, que ficava perto, não tinha sido evacuado durante o teste da bomba H. Diretamente na direção do vento de Bikini, o céu de Rongelap escureceu e choveu o que à primeira vista pareceu ser flocos de neve. A  comida e a água foram contaminadas; e a população foi vítima de cancro. Isto ainda acontece hoje.

Conheci Nerje Joseph, que me mostrou uma fotografia sua ainda criança em Rongelap.  Tinha queimaduras faciais terríveis e grande parte dela estava sem cabelo. “Estávamos a tomar banho no poço no dia em que a bomba explodiu”, disse ela. “Começou a cair do céu poeira branca e eu fui apanhar o pó. Nós usámo-lo como sabão para lavar o cabelo. Alguns dias depois, o meu cabelo começou a cair”.

Lemoyo Abon disse: “Alguns de nós estavam em agonia. Outros tiveram diarreia. Ficámos aterrorizados.  Pensámos que devia ser o fim do mundo”.

O arquivo oficial dos EUA que incluí no meu filme refere-se aos ilhéus como “selvagens dóceis”. Após a explosão, um funcionário da Agência de Energia Atómica dos EUA vangloria-se de que Rongelap “é, de longe, o lugar mais contaminado do planeta”, acrescentando que “será interessante obter uma medida da absorção humana quando as pessoas vivem num ambiente contaminado”.

Cientistas americanos, incluindo médicos, construíram carreiras ilustres à conta dos estudos da “absorção humana”. Lá estão eles em filmes reluzentes, nos seus fatos brancos, atentos às pastas de apontamentos. Quando um ilhéu morreu na adolescência, a sua família recebeu um cartão de simpatia do cientista que o estudou.

Fiz reportagens de cinco “ground zeros” nucleares em todo o mundo – no Japão, Ilhas Marshall, Nevada, Polinésia e Maralinga, na Austrália. Isso ensinou-me mais sobre a crueldade e imoralidade do grande poder – isto é,  o  poder imperial , cujo cinismo é o verdadeiro inimigo da humanidade – do que a minha experiência como correspondente de guerra.

Isto impressionou-me imensamente quando filmei no Ground Zero de Taranaki, em Maralinga, no deserto australiano. Numa cratera parecida com um prato, havia um obelisco no qual estava inscrito: “Uma arma atómica britânica foi testada aqui, em 9 de outubro de 1957”. Na borda da cratera havia este aviso:

AVISO: PERIGO DE RADIAÇÃO 

Os níveis de radiação nalgumas centenas de metros à volta deste ponto podem estar acima daqueles considerados seguros para ocupação permanente.

Até onde os olhos podiam alcançar, e para lá disso, o chão estava irradiado. O plutónio bruto estava espalhado como pó de talco: o plutónio é tão perigoso para os seres humanos que um terço de miligrama oferece 50% de hipótese de cancro.

As únicas pessoas que poderiam ter visto o sinal eram indígenas australianos, para quem não havia aviso. Segundo um relato oficial, se tivessem sorte, “seriam enxotados como coelhos”.

Hoje, uma campanha de propaganda sem precedentes está a enxotar-nos como coelhos. Não podemos questionar a torrente diária da retórica antichinesa, que está rapidamente a ultrapassar a torrente da retórica antirrussa. Qualquer coisa chinesa é má, um anátema, uma ameaça: Wuhan…. Huawei. Como é confuso quando o “nosso” líder mais insultado diz isso.

A fase atual desta campanha começou não com Trump, mas com Barack Obama, que em 2011 voou para a Austrália para declarar a maior concentração de forças navais dos EUA na região Ásia-Pacífico, desde a Segunda Guerra Mundial. De repente, a China era uma “ameaça”. Isso não fazia sentido, é claro. O que foi ameaçado foi a incontestável visão psicopática de si mesma da América como a nação mais rica, mais bem-sucedida e mais “indispensável”.

O que nunca esteve em causa foi a sua mestria como fanfarrona – com mais de 30 membros das Nações Unidas sofrendo algum tipo de sanção americana e um rasto de sangue correndo por países indefesos bombardeados, que viram os seus governos derrubados, as suas eleições manipuladas, os seus recursos saqueados.

A declaração de Obama ficou conhecida como o “pivô para a Ásia”. Um dos seus principais defensores era a sua secretária de Estado, Hillary Clinton que, como o WikiLeaks revelou, queria rebatizar o Oceano Pacífico como “o Mar Americano”.

Embora Hillary Clinton nunca tenha ocultado o seu entusiasmo, Obama era um mestre do marketing. “Afirmo com clareza e convicção”, disse o novo presidente em 2009, “que o compromisso da América é buscar a paz e a segurança de um mundo sem armas nucleares”.

Obama aumentou os gastos com ogivas nucleares mais rapidamente do que qualquer outro presidente, desde o final da Guerra Fria. Foi desenvolvida uma arma nuclear “utilizável”. Conhecido como Modelo 12 da B61, significa, de acordo com o general James Cartwright, ex-vice-presidente do Estado-Maior General, que “a diminuição do tamanho [torna o seu uso] mais pensável”.

O alvo é a China. Hoje, mais de 400 bases militares americanas quase cercam a China com mísseis, bombardeiros, navios de guerra e  armas nucleares . Da Austrália, pelo norte através do Pacífico ao sudeste da Ásia, Japão e Coreia e, através da Eurásia, ao Afeganistão e à Índia, as bases constituem, como me disse um estratega norte-americano, “o laço perfeito”.

Um estudo da RAND Corporation – que, desde o Vietname, tem planeado as guerras americanas – é intitulado Guerra com a China: Pensando através do impensável. Com o apoio do Exército dos EUA, os autores evocam a famosa e infame palavra de ordem do seu estratega-chefe da Guerra Fria, Herman Kahn – “pensando o impensável”. O livro de Kahn, Sobre a guerra termonuclear, elaborou um plano para uma guerra nuclear “vencível”.

A visão apocalítica de Kahn é compartilhada pelo secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, um fanático evangélico que acredita no “êxtase do Fim”. Ele é talvez o homem vivo mais perigoso do mundo. “Eu era diretor da CIA”, gabou-se ele, “Mentimos, enganámos, roubámos. Era como se tivéssemos autênticos cursos de treino”. A obsessão de Pompeo é a China.

O final de jogo do extremismo de Pompeo raramente é discutido nos média anglo-americanos, onde os mitos e as invenções sobre a China são comuns, assim como as mentiras sobre o Iraque. Um racismo virulento é o subtexto dessa propaganda. Classificados como “amarelos”, embora sejam brancos, os chineses são o único grupo étnico que foi proibido por uma “lei de exclusão” de entrar nos Estados Unidos, porque eram chineses. A cultura popular declarou-os sinistros, indignos de confiança, “sorrateiros”, depravados, doentes, imorais.

Uma revista australiana,  The Bulletin , dedicou-se a promover o medo do “perigo amarelo”, como se toda a Ásia estivesse prestes a cair na colónia só de brancos pela força da gravidade.

Como, escreve o historiador Martin Powers, o reconhecimento do modernismo da China, a sua moralidade secular e “as contribuições para o pensamento liberal ameaçavam o rosto da Europa, tornou-se necessário suprimir o papel da China no debate do Iluminismo…. Durante séculos, a ameaça da China ao mito da superioridade ocidental tornou-a um alvo fácil para o ataque racial”.

No  Sydney Morning Herald , o incansável militante antichinês Peter Hartcher descreveu aqueles que espalham a influência chinesa na Austrália como “ratos, moscas, mosquitos e pardais”. Hartcher, que cita favoravelmente o demagogo americano Steve Bannon, gosta de interpretar os “sonhos” da atual elite chinesa, que ele aparentemente conhece. São inspirados pelo “Chamamento do Céu” de há 2.000 anos. Ad nausea.

Para combater esse “chamamento”, o governo australiano de Scott Morrison comprometeu um dos países mais seguros do mundo, cujo principal parceiro comercial é a China, em centenas de milhares de milhões de dólares em mísseis americanos, que podem ser disparados contra a China.

O truque já é evidente.  Num país historicamente marcado pelo violento racismo em relação aos asiáticos, os australianos de ascendência chinesa formaram um grupo de vigilantes para proteger os entregadores de encomendas. Os vídeos por telefone mostram um motorista de entregas com um soco no rosto e um casal chinês abusado racialmente num supermercado. Entre abril e junho, houve quase 400 ataques racistas contra asiáticos-australianos.  

Não somos vossos inimigos”, disse-me um estratega de alto nível na China, “mas se vocês [no Ocidente] decidem que somos, devemos preparar-nos sem demora”. O arsenal da China é pequeno, comparado com o dos Estados Unidos, mas está a crescer rapidamente, especialmente o desenvolvimento de mísseis marítimos projetados para destruir frotas de navios.

Pela primeira vez”, escreveu Gregory Kulacki, da União de Cientistas Preocupados, “a China está a discutir a colocação dos seus mísseis nucleares em alerta máximo, para que possam ser lançados rapidamente em caso de alerta de ataque ... Isto seria uma mudança significativa e perigosa da política chinesa ... ”.

Em Washington, conheci Amitai Etzioni, ilustre professor de assuntos internacionais da Universidade George Washington, que escreveu que tinha sido planeado uma “ofensiva ofuscante contra a China”, “com ataques que poderiam ser erroneamente percebidos [pelos chineses] como tentativas preventivas de tirar as suas armas nucleares, encurralando-as num terrível dilema de usar-ou-perder [que] levaria à guerra nuclear”.

Em 2019, os EUA realizaram o seu maior exercício militar desde a Guerra Fria, grande parte em segredo. Uma armada de navios e bombardeiros de longo alcance ensaiaram um “Conceito de Batalha Ar-Mar para a China” – ASB – bloqueando rotas marítimas no Estreito de Malaca e cortando o acesso da China a petróleo, gás e outras matérias-primas do Médio Oriente e de África .

É o medo de tal bloqueio que fez a China desenvolver a sua Iniciativa do Cinturão e Rota ao longo da antiga Rota da Seda para a Europa e construir urgentemente pistas de aterragem estratégicas nos disputados recifes e ilhotas das Ilhas Spratly.

Em Xangai, conheci Lijia Zhang, jornalista e romancista de Pequim, típica de uma nova classe de dissidentes abertos. O  seu livro mais vendido tem o irónico título Socialism Is Great! [O Socialismo é bom]. Tendo crescido na caótica e brutal Revolução Cultural, ela viajou e viveu nos EUA e na Europa. “Muitos americanos imaginam”, disse ela, “que o povo chinês vive uma vida miserável e reprimida, sem qualquer liberdade . A [ideia do] perigo amarelo nunca os abandonou ... Eles não têm ideia de que existem cerca de 500 milhões de pessoas a sair da pobreza, e alguns diriam que são 600 milhões”.

As realizações épicas da China moderna, a derrota da pobreza em massa e o orgulho e satisfação de seu povo (medidos oficialmente por analistas americanos como o Pew) são intencionalmente desconhecidas ou mal compreendidas no Ocidente. Isto por si só é um comentário sobre o estado lamentável do jornalismo ocidental e o abandono da reportagem honesta.

O lado sombrio repressivo da China e aquilo a que gostamos de chamar “autoritarismo” são as únicas fachadas que podemos ver. É como se estivéssemos a contar histórias intermináveis do supervilão  Dr. Fu Manchu. E é hora de perguntarmos porquê: antes que seja tarde demais para parar a próxima Hiroshima.

Fonte: https://www.counterpunch.org/2020/08/04/another-hiroshima-is-coming-unless-we-stop-it-now/, publicado e acedido em 2020/08/04

Tradução do inglês de TAM

in Pelo Socialismo

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