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«(...) Muito pelo contrário, Paul Lafargue denunciava a “estranha loucura” que tinha se apoderado das classes operárias das nações onde dominava a civilização capitalista, a loucura do “amor ao trabalho”. Achava vergonhosa a atitude do proletariado francês que, depois de 1848, aceitava como uma conquista revolucionária a lei que limitava a doze horas o trabalho nas fábricas; que proclamava como um princípio revolucionário o direito ao trabalho; que prestava ouvidos aos economistas que continuavam repetindo “trabalhem para aumentar a riqueza social”. E “em lugar de aproveitar os momentos de crise para uma distribuição geral dos produtos e uma folga e regozijo universais, os operários, mortos de fome, vão a bater a cabeça contra as portas da fábrica”
. Assim, enquanto Paul Lafargue fazia uma crítica feroz e radical à sociedade burguesa, Castells fazendo uso de seu nome, incorpora as férias, o descanso, a distração, como parte fundamental da engrenagem dessa sociedade. As férias são produtivas para a economia, então, aproveite-as! Uma amostra aberrante da sua adoção da sociedade burguesa e do modo de produção capitalista como horizonte social. (:::) »
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