O argumento usado pelo governo Costa-PS segundo o qual a "linha vermelha" nas negociações é não deixar de cumprir a regra-limite do deficit (a Esquerda com as suas propostas-exigências não respeita) é mera falácia pois Bruxelas já não liga nenhuma a essa regra, nunca ligou nenhuma para os países mais poderosos e países endividados é o que mais se encontra nesta Europa. Será, isso sim, a retórica mestra nestas próximas eleições.
Então, o que não quis o governo Costa-PS? Alterar as leis laborais (a caducidade), ou seja, em linguagem marxista, os meios de super-exploração da força de trabalho; portanto, a taxa de lucro do patronato. O que realmente está em crise é esta taxa de lucro. Aqui e lá fora.
Mas o governo Costa-PS não quer o "Estado Social"?
Pode ser que sim, depende do que é esse Estado e em que estado ele se encontra pela Europa fora.
Mas não investiu no SNS, peça fundamental do "Estado Social"? Sim, porém tarde e por más razões (a pandemia agrava o crescimento económico e ataca todas as classes), e, ainda assim, às "pinguinhas" conforme o demonstram os números (demissões e ameaças de greves no sector irrompem por todos os lados).
Então, para que serve este governo, ou, se preferirmos, este PS? Ou, se preferirmos, a quem serve?
Eis uma interrogação aristotélica. Aristóteles achava que a justiça era o essencial na política (e na ética)....
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