Eis que o PS vira subitamente à esquerda! Nestas suas Jornadas Parlamentares o discurso para dentro e para fora (sobretudo para fora) enaltece a ideologia e os valores. E os Princípios, não esqueçamos os princípios! Desconhecia-se que o PS, dirigido pelo eng. Sócrates e seus acólitos, possuisse ideologia (o Programa é coisa que todo o mundo ignora e não lhe dá importância nenhuma), excepto os objetivos do neo-liberalismo em voga. Sabia-se que o Dr. Mário Soares anda a escrever de há uns tempos para cá sobre os «valores da Esquerda», mas já há muito tempo que não se dá importância nenhuma ao Dr. Mário Soares. Sabia-se que no Governo há lá um senhor que escreveu uns livros de sociologia o que lhe permitiu alcandorar-se por mérito próprio a ideólogo do Regime ( como aqueles a quem Bonaparte chamava pejorativamente «ideólogos»). Sabia-se que Manuel Alegre dá sempre umas "dicas" sobre a Esquerda, embora vote regularmente na política da Direita. Sabia-se que eles têm uma "ala esquerda" cuja grande diferença com a "ala direita" é aconselhar esta a explicar melhor ao povinho as políticas do Governo. Agora o que não se sabia era que o eng. Sócrates tinha uma doutrina...ainda por cima de esquerda, ou dito de outra forma: acredita nos princípios, valores e objectivos da Social-Democracia (assim, com maiúsculas). Ou ainda por palavras mais simples: defende o Estado- Social (ou Estado Providência como acrescentou, com aquele sabor antigo com que se exprimiam as sociais-democracias nórdicas). Ainda bem, ficamos todos mais tranquilos: vai com certeza interromper de chofre, com a coragem que o caracteriza (dizem), as medidas do PEC, inverter o rumo da Economia nacional, promover o emprego e combater a precariedade, fortelecer o SNS, aumentar as prestações sociais, etc. Viva! Vamos todos votar outra vez no PS. Nunca no Sr. Pedro Passos Coelho (é este o nome?) que é todo ultra-liberal (segundo nos informaram as Jornadas Parlamentares do PS), vade retro satanás!
Se bem me lembro o primeiro filme que vi, tinha eu sete aninhos, foi o «Pinóquio», de Walt Disney. Não sei porquê, veio-me à memória.
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