Faz
esta quinta-feira 50 anos que um comício na universidade francesa de
Sorbonne, de solidariedade com os estudantes da de Nanterre, foi
reprimido pela polícia, movimento de que resultaria a detenção de cinco
centenas de alunos e a criação, a partir do fim do dia, das primeiras
barricadas que durante um mês iriam multiplicar-se nas ruas da capital
francesa. Começava em força a revolta do Maio de 68
Texto Rui Cardoso
8 janeiro
– Ministro da Juventude François Missoffe é interpelado por um grupo de
estudantes durante uma visita às obras na Universidade de Nanterre nos
arredores de Paris. Perante as críticas, promete mandar construir um
pavilhão gimnodesportivo. Um dos elementos presentes responde-lhe que
“construir um centro desportivo é um método hitleriano que visa
canalizar as energias estudantis para o desporto. O que é preciso
garantir é o equilíbrio sexual do estudante”. O ministro diz-lhe que vá
tomar banho de água fria. O aluno chamava-se Daniel Cohn-Bendit e
tornar-se-á uma das estrelas dos acontecimentos de Maio.
9 de fevereiro
– Ministro da Cultura André Malraux afasta Henri Langlois da direção da
Cinemateca, o que desencadeia uma onda de protestos no meio
cinematográfico.
13 fevereiro
– Manifestações estudantis a nível nacional contra o projeto de reforma
dos regulamentos internos das cidades universitárias com incidência no
acesso aos dormitórios (separados) de rapazes e raparigas.
14 de fevereiro
– Manifestação, sobretudo estudantil, frente à Cinemateca reprimida
pela polícia. Em causa a demissão do director Henri Langlois por decisão
do ministro da Cultura André Malraux.
11 de março
– Manifestação de metalúrgicos em Redon que será o prelúdio da agitação
laboral vivida durante os meses de Maio e Junho em toda a França.
22 de março
– Após uma manifestação contra a Guerra do Vietname, há incidentes na
Universidade de Nanterre nos arredores de Paris que é mandada encerrar e
onde desponta um novo líder estudantil Daniel Cohn-Bendit. Forma-se o
Movimento do 22 de Março que será decisivo no deflagrar do Maio de 68
poucas semanas depois.
27 de março – Prisão para interrogatório policial e posterior libertação de Cohn-Bendit e outros elementos do Movimento 22 de Março.
2 de abril – Suspensas as aulas na universidade de Nanterre por decisão do decano Pierre Grapin.
4 de abril – Suspensas também as aulas na Sorbonne.
11 de abril – Rudi Dutscke líder da liga dos estudantes socialistas de Berlim é gravemente ferido a tiro num atentado.
22 de abril – Manifestações de solidariedade com Rudi Dutscke no Quartier Latin. Henri Langlois regressa à direcção da Cinemateca.
25 de abril
– Nota redigida por Arlette de La Loyére do gabinete do ministro da
Educação dá conta ao titular da pasta Alain Peyrefitte da agitação
reinante em Nanterre. No memorando, conservado nos Arquivos Nacionais
diz-se que os revoltados “usam extintores para bater nos moderados”, que
as paredes estão “cobertas de pinturas e de exemplares de “L’Humanité”
(diário do PCF) e que dois catedráticos foram insultados enquanto um
terceiro contemporiza.
1 de maio
– Pela primeira vez desde 1954 a manifestação do Dia do Trabalhador é
autorizada, sendo convocada pelo PCF, CGT e PSU (socialistas de
esquerda). Serviço de ordem dos sindicatos pró-comunistas da CGT é
alertado para evitar a junção de estudantes aos operários durante o
trajecto entre as praças das República e da Bastilha.
2 de maio
– Fecho da universidade de Nanterre e partida do primeiro-ministro
Georges Pompidou para uma vista oficial de dez dias ao Afeganistão.
3 maio
– Meeting na Sorbonne de solidariedade com os estudantes de Nanterre.
Há um esboço de contra-manifestação do grupo de extrema-direita
“Ocidente” mo Boulevatd Saint Michel e dentro da Sorbonne os estudantes
partem cadeiras e meses para se armarem. Os militantes da ultra-direita
dispersam e a polícia, chamada pelo reitor Jean Roche, cerca a
universidade e prende cinco centenas de alunos, levados para diversas
esquadras para identificação, nuns casos sem violência, noutros à
bastonada. Os que estão cá fora erguem as primeiras barricadas em Saint
Michel e há confrontos com a polícia.
4 de maio – O movimento alastra aos liceus e às universidades de outras cidades francesas
5 de maio
– Sete estudantes presos durante os incidentes são levados a tribunal e
quatro condenados a penas de prisão efectiva por perturbação da ordem
pública
6 de maio –
Oito elementos do Movimento 22 de Março, incluindo Cohn-Bendit, mandados
comparecer perante o Conselho de Disciplina da Universidade de Paris.
Apresentam-se perante as câmaras da televisão cantado “A Internacional”.
União Nacional dos Estudantes (UNEF) promove manifestação no Quartier
Latin pela reabertura das faculdades e pela libertação dos estudantes
presos. Novos choques com a polícia.
7 de maio
– Novas manifestações estudantis em Paris. Começa a publicar-se o
jornal “Action” com desenhos de Wolinski, Reiser e outros. O presidente
De Gaulle avisa que não serão toleradas alterações da ordem pública.
9 de maio
– Manifestações e protestos em Estrasburgo, Nantes, Rennes ou Toulouse.
“Sit-in” no Boulevard de Saint Michel frente à polícia sem incidentes. O
poeta Louis Aragon, afecto ao PCF, aparece aos estudantes numa acção de
solidariedade e é vaiado.
10 de maio
– Reunião entre o reitor Jean Roche e os três líderes da contestação:
Daniel Cohn-Bendit (Movimento 22 de Março), Alain Geismar (sindicato dos
docentes universitários) e Jacques Sauvageot (UNEF). As negociações que
giravam à volta da reabertura das faculdades, da retirada da polícia e
da libertação dos estudantes presos falham. Primeiros apelos à greve
geral.
Noite de 10 de maio
– A madrugada de 10 para 11 ficou para a história como a primeira noite
das barricadas em Paris. A primeira surge na rua Gay-Lussac e depressa
se multiplicam por todo o Quartier Latin. Confrontos com a polícia em
toda a margem esquerda do Sena que duram até às cinco da manhã: mil
feridos e dezenas de carros incendiados.
11 de maio
– Sindicatos apelam à greve geral dia 13 de maio. Pompidou, regressado
do Afeganistão, promete a reabertura das universidades dia 13 e a
libertação dos estudantes presos.
13 de maio
– Greve geral e manifestações por toda a França. Em Paris centenas de
milhares de pessoas pedem a demissão de De Gaulle. A Sorbonne, reaberta,
é ocupada pelos estudantes.
14 de maio
– Início das ocupações. Operários ocupam a fábrica da Sud Aviation em
Nantes e sequestram o diretor. Um dos administradores desta empresa era
Maurice Papon antigo prefeito de Paris durante cujo mandato se
verificara o massacre do Metro de Charonne durante uma manifestação
contra a Guerra da Argélia em 1962. Presidente De Gaulle decide não
adiar visita de estado à Roménia, onde permanecerá quatro dias.
15 de maio
– Ocupação do famoso Teatro de L’Odéon, entre o Jardim do Luxemburgo e
Saint Germain des Prés por contestatários que incluíam gente do mundo do
espectáculo como Michel Picoli. Furioso, De Gaulle pede uma intervenção
policial musculada, adiada pelo prefeito da polícia de Paris Maurice
Grimaud para evitar um banho de sangue. A manchete do diário conservador
“Le Figaro” é “O poder está na rua”.
16 de maio
– Vaga de greves com ocupação de instalações em Paris e nas grandes
cidades, incluindo as instalações da Renault em Cléon e diversas grandes
fábricas em Billancourt (sul de Paris).
17 de maio
– Os sindicatos anunciam que há 600 mil trabalhadores em greve e a SNCF
(caminhos-de-ferro) paralisa. O PCF declara-se pela primeira vez
publicamente ao lado dos estudantes.
18 de maio
– O número de grevistas sobe para dois milhões. Tentativas de
negociação entre a esquerda não comunista e os contestatários,
protagonizadas por Pierre Mendés-France e François Mitterrand. De Gaulle
antecipa regresso a Paris. Bernard Ducamin, conselheiro presidencial
redige um parecer onde desaconselha a invocação do artº 16 da
Constituição que daria poderes de excepção ao general, invocando razões
tanto jurídicas como políticas.
19 de maio
– Jean-Luc Godard, Louis Malle, François Truffaut, Claude Lelouch e
Roman Polanski pedem a interrupção do festival de cinema de Cannes, o
que conseguem depois de Milos Forman, Alain Resnais e Carlos Saura
retirarem os seus filmes.
20 de maio
– Calcula-se que haja mais de oito milhões de grevistas em França.
Transportes públicos parados e grandes restrições à distribuição de
gasolina enquanto a circulação de correspondência é garantida pelos
militares. A televisão pública ORTF deixa de transmitir a programação
habitual.
21 de maio –
Greve chega ao Banco de França e a cotação do franco cai verticalmente.
O filósofo Jean-Paul Sartre é recebido com alguma desconfiança na
Sorbonne onde declara que o movimento grevista foi impulsionado pelos
protestos estudantis.
22 de maio
– Na Assembleia Nacional uma moção de censura apresentada pela oposição
é rejeitada por 11 votos. Cohn Bendit é proibido de regressar da
Alemanha e da Holanda onde fora falar do movimento em curso em França.
Há manifestações perto do parlamento e no Quartier Latin.
23 de maio
– Primeira reação dos sindicatos da polícia que admitem invocar a
objeção de consciência se as operações contra os manifestantes
continuarem. Manifestações de protesto contra a expulsão de Cohn-Bendit.
24 de maio
– De Gaulle anuncia um referendo, rejeitado pelos partidos da oposição.
Novas manifestações de apoio a Cohn-Bendit. Manifestações de camponeses
e agricultores por toda a França em consonância com o movimento geral
de protesto que agrega dez milhões de grevistas, correspondentes a quase
dois terços da força de trabalho nacional.
Noite de 24 de maio
– De 24 para 25 viver-se-á em Paris a segunda Noite das Barricadas.
Além de grandes confrontos no Quartier Latin, durante a noite as
correrias degeneram em ataques a montras, viaturas e ao edifício da
Bolsa onde é ateado um incêndio. Um polícia é morto em Lyon por um
camião destravado pelos manifestantes e de madrugada é descoberto um
estudante morto na barricada da Rue des Écoles no Quartier Latin,
atingido pela explosão de uma granada de gás.
25 de maio
– Iniciam-se nas instalações do Ministério do Trabalho na Rua de
Grenelle, em Paris, reuniões do Governo com os parceiros sociais
(patronato e sindicatos) para desbloquear as greves e ocupações de
fábricas. A delegação oficial é chefiada pelo jovem secretário de Estado
do Emprego Jacques Chirac, 35 anos, décadas mais tarde
primeiro-ministro e presidente da República.
26 de maio
– Embora seja domingo prosseguem as negociações de concertação social
na rua de Grenelle entre patrões e sindicatos com mediação
governamental. Entretanto nas manifestações que continuam por toda a
França os trabalhadores exigem aumentos salariais de 25%.
27 de maio
– Após dois dias de negociações, patrões e sindicatos negoceiam novos e
amplos direitos laborais, incluindo salário mínimo, quarta semana de
férias pagas, etc. São os Acordos de Grenelle que representam os maiores
avanços sociais desde a Frente Popular em 1936 mas que são rejeitados
pelas bases. O documento também não é referendado pelo Governo, o que
faz com que na prática os acordos só venham a ser aplicados a
conta-gotas.
28 de maio
– Com o cabelo ruivo tingido de escuro Cohn-Bendit consegue regressar a
Paris. Demite-se o ministro da Educação Alain Peyrefitte. François
Mitterrand anuncia que se candidatará à presidência da República “em
caso de vazio político”.
29 de maio
– Convocados pelos sindicatos e partidos de esquerda 800 mil pedem às
portas do Palácio do Eliseu um governo popular. De Gaulle está em
paradeiro desconhecido, na verdade na Alemanha, reunindo-se com o
comando das forças francesas na NATO. Não existe registo desta
deslocação nos arquivos oficiais franceses porque tudo foi tratado pelo
telefone. Correm boatos em Paris de iminente intervenção do exército
para repor a ordem nas ruas. Maurice Grimaud, prefeito da polícia de
Paris, escreve uma carta, entregue a todos os agentes, exortando-os ao
cumprimento dos seus deveres profissionais mas sem excessos de qualquer
natureza: “bater num manifestante caído é agredirmo-nos a nós próprios,
dada a imagem que isso transmitiria da nossa função enquanto polícias”.
30 de maio
– De Gaulle, de regresso a Paris, anuncia na rádio, num discurso de
apenas quatro minutos, a dissolução do parlamento e eleições
antecipadas, trazendo à rua uma manifestação de apoio com quase um
milhão de pessoas.
31 de maio
– De Gaulle anuncia que não se demite e marca as eleições legislativas
antecipadas para 23 e 30 de Junho (o sistema francês é a duas voltas).
Remodelação governamental com substituição do ministro do Interior
Christian Fouchet por Raymond Marcelin.
1 de junho
– Numa manifestação convocada pela UNEF os estudantes gritam, “eleição,
traição!” A posição maioritária entre os líderes estudantis é de
boicote ao ato eleitoral. Num livro publicado por ocasião do 40º
aniversário do Maio de 68 (“Mai 68”, ed. Michel Lafon) que inclui
testemunhos de diversos artistas e é prefaciado por Cohn-Bendit, o
desenhador Cabu admitiu: “se tivéssemos sido nós a pedir eleições,
teríamos levado a melhor. A França estava num tal caos que não teria
sido possível evitar o exercício da expressão mais pura da democracia: o
voto. Havia alternativa e devíamos ter aproveitado a oportunidade”.
2 de junho
– Assinatura dos Acordos Oudinot que equivalem para a função pública
francesa ao Pacto de Grenelle, assinado dias antes entre patronato e
sindicatos com mediação do Governo.
5 de junho
– Recuo do movimento grevista, regresso progressivo ao trabalho e
reposição em funcionamento dos serviços públicos e abastecimentos
essenciais. Voltam a laborar a EDF, as minas, as siderurgias e há
retomada do trabalho na função pública.
6 de junho – Em Paris voltam a funcionar os transportes públicos: autocarros, metropolitano e caminhos-de-ferro.
7 de junho
– Violenta intervenção da polícia de choque (CRS) na desocupação da
fábrica da Renault de Flins nos arredores de Paris. Nos Correios o
trabalho começa a ser retomado.
10 de junho
– Novos confrontos com a polícia no subúrbio parisiense de Flins. Um
estudante liceal afoga-se no Sena ao tentar fugir da polícia.
11 de junho
– A UNEF convoca manifestação contra a repressão e há nova noite de
barricadas no Quartier Latin. Confrontos à porta da fábrica da Peugeot
em Sochaux, perto da fronteira suíça. Dois operários morrem, um deles
atingido a tiro. A fábrica da Renault em Flins é reocupada pelos
trabalhadores. Incidentes violentos na Gare de l’Est, Paris, à partida
de um comboio.
12 de junho
– Proibidas todas as manifestações durante a campanha eleitoral. São
ilegalizadas diversas organizações políticas maoístas ou trotskistas bem
como o Movimento 22 de Março. São retomadas as aulas no ensino
secundário.
13 de junho
– Questionado sobre a não dissolução do grupo de extrema-direita
Ocidente o ministro da Justiça argumenta que “embora os elementos de
grupo tenham demonstrado durante os acontecimentos de Maio um
comportamento violento, daí não se pode depreender que se trate
forçosamente de elementos subversivos”.
14 de junho
– Polícia negoceia saída dos últimos ocupantes do Teatro de L’Odéon que
são mandados em paz, com exceção dos que tinham cadastro criminal. À
porta da fábrica de pilhas Wonder em Saint-Ouen os trabalhadores votam
de braço no ar o regresso ao trabalho, cena imortalizada no documentário
“Reprise!” de Hervé Le Roux.
16 de junho – Polícia põe termo à ocupação estudantil da Sorbonne.
17 de junho – Terminam as greves em diversas fábricas da Renault, bem como em empresas do sector metalúrgico.
18 de junho
– Aconselhado pelo secretário para os Assuntos Africanos, Jacques
Frocart, o general De Gaulle indulta o general Salam promotor em 1961 da
tentativa de golpe de estado de Argel. Faz o mesmo a dez elementos da
OAS, organização clandestina de extrema-direita oposta ao abandono da
Argélia e responsável por numerosos atentados, inclusivamente contra De
Gaulle. O objetivo era federar toda a direita na perspetiva das eleições
que se aproximavam.
23 de junho – Na primeira volta das legislativas antecipadas o bloco conservador liderado pelos gaullistas reforça-se.
24 a 27 de junho
– Retoma do trabalho nas fábricas da Citroen e na ORTF, a televisão
estatal. Polícia entra no Atelier Popular e põe termo à ocupação da
faculdade de Belas-Artes onde era produzida a maior parte do material de
propaganda, nomeadamente cartazes, dos contestatários.
29 de junho – Colador de cartazes do PCF morto por elementos dos CDR (comités de Defesa da República, pró-gaullistas) em Arras.
30 de junho
– Segunda volta das legislativas. Confirma-se a maioria absoluta do
bloco conservador com 43,6% de votos. O PCF tem 20%, a esquerda
democrática socialista (FGDS) 16,5% e os socialistas de esquerda (PSU)
3,9%. Em termos de lugares a direita tem 358 dos 465 lugares do
hemiciclo.
31 de junho – Saneamentos na ORTF. Sob diversos pretextos 102 jornalistas são transferidos ou despedidos na televisão pública.
5 de julho – Polícia desocupa a Faculdade de Medicina em Paris.
10 de julho
– Edgar Faure sucede a Alain Peyrefitte como ministro da Educação. Vaga
de prisões de militantes da extrema-esquerda que durará até Novembro.
Um dos primeiros detidos é o trotskista Alain Krivine.
13 de julho – Maurice Couve de Mruville substitui George Pompidou no cargo de primeiro-ministro
19 de julho – Incidentes no festival de teatro de Avignon e contestação ao seu director Jean Vilar.
31 de julho – A recém-eleita Assembleia Nacional aprova uma lei de amnistia para crimes cometidos durante a Guerra da Argélia.
31 de outubro
– Ministério da Justiça ilegaliza o grupo de extrema-direita Ocidente,
após elementos deste terem atacado e incendiado o Sindicato dos
Professores do Ensino Superior.
12 de novembro
– Aprovação da reforma universitária de Edgar Faure que consagrará a
divisão entre universidades e “Grandes Écoles” e instituirá novas
universidades como as de Vincennes e Dauphine.
in Jornal EXPRESSO
Sem comentários:
Enviar um comentário