O mundo é um lugar perigoso.
Comemoramos o nascimento de Karl Marx, duplo centenário. Não foi bruxo nem vidente. Não foi profeta, nem utopista romântico. Não foi determinista, nem voluntarista.
Se soubermos e quisermos ler senão a obra toda, pelo menos passagens de O capital, verificamos rapidamente que ele acertou em cheio nas características negativas das sociedades mercantis capitalistas, na miséria que produzem, nos desastres de guerra.
Precisamente sobre o estado permanente de guerra. O movimento centrífugo de o capital é a sua acumulação. Não possui outro móbil. Por conseguinte, expande-se, ou seja, coloniza.
O que assistimos hoje com a reposição do clima da Guerra Fria pelos EUA é a continuada «globalização» colonialista.
O Império está constantemente em luta contra os insurgentes. A sua pulsão é dominar a bem ou a mal.
Os facínoras que acumulam armas apocalípticas no interesse de acumular lucros e protegê-los, que congeminam e pregam ameaças belicosas, que deslocam esquadras gigantescas como peças num jogo de morte, são muitos mais que um só presidente de uma potência. Ainda que ela seja a cabeça do Império. Ainda que ela possa vir a ser o nosso coveiro.
Eles estão em todos os lugares do planeta onde se acumule lucros sobre lucros, sem outra finalidade que não seja essa.
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