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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

OPINIÃO

 Os recentes acontecimentos na França de Voltaire trazem anúncios relevantes. Já se sabia que alguma coisa estava podre «no reino da Dinamarca», contudo ninguém previa no conforto dos gabinetes de universitários ou de deputados estas enormes contestações. É uma sublevação popular em toda a linha. Como sucede sempre na História não repete ou é idêntica às revoltas do passado: nem, de modo algum, às revoluções de 1789 e de 1848, nem a revolta de 1968. Pode ser menos, pode vir a ser muito mais que esta última. Pode degenerar no novo fascismo de fato e gravata, ou pode construir uma vasta unidade de trabalhadores anticapitalistas. A França não dispõe de fortes partidos de esquerda, socialistas operários ou comunistas e isto é um óbice muito sério para a condução das lutas de classes, embora não seja milagre nenhum que possa ressurgir ou fortalecer-se rapidamente um partido unitário de esquerda.
  A característica marcante é esta: uma fortíssima e vasta contestação antisistémica. Entenda-se: contra as políticas neoliberais da UE, da França e da Alemanha, a ditadura de Bruxelas financeira e burocrática e a roubalheira perpetrada sobre os povos pelo grande capital (rebaixamento das "classes médias", desemprego, empregos precários e, portanto, sem direitos e mal pagos, custo de vida elevado e salários congelados, enquanto os ricos desviam biliões para os offshores.)
O futuro imprevisível está aí à porta. Quem será que nela está batendo?

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