Podem as forças armadas da Rússia derrotar as que resistem na Ucrânia, eliminar a força nazi e o seu poder político, que estes nazis com ou sem disfarce vão sair como heróis e fortalecer a extrema-direita por todo o planeta.
Pior ainda: podem as FA russas tomarem territórios que lhes servirão de zonas-tampão na sua estratégia de autodefesa em relação ao perigo sempre iminente da NATO. Contudo, a demora em alcançar esses objetivos e outros fatores têm permitido aos EUA, ou melhor: ao imperialismo, reunir-se, reforçar a sua influência, recuperar o prestígio que há muito tempo tinham perdido e legitimar as invasões que perpetraram nestes anos passados (ou fazer com que se tenham esquecido).
A juntar-se a esta vitória do imperialismo (uma derrota na Ucrânia que transformaram em vitória) vem nova vaga contra os comunistas que estão a ser misturados com o capitalismo russo. A confusão completa na cabeça dos povos europeus que apenas assistem aos noticiários fabricados pelos americanos.
A nova ordem mundial que estava a emergir com a ascensão da China e da Rússia como potências a contrariar o imperialismo, fica congelada não sei quanto tempo.
Convinha regressarmos ao livro de Lenine sobre o imperialismo - nova fase do capitalismo. Muitas das suas páginas estão atualizadíssimas, contudo há que adaptar e atualizar outras.
O imperialismo do pós-guerra (com o império dos EUA e da sua OTAN) encontrou rivais na Rússia e na China no plano militar ou geoestratégico. E agora? Saiu reforçado ou enfraquecido? Quais as consequências das sanções sobre os oligopólios russos? Sobre o novo e rival imperialismo que estava a emergir neste século?
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