Translate

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Rainer Maria Rilke (1875-1926)

Amo as horas sombrias do meu ser
em que os meus sentidos se aprofundam;
nelas encontrei, como em velhas cartas,
o meu dia a dia já vivido,
ultrapassado e vasto como numa lenda.

Elas me ensinam que possuo espaço
p´ra uma intemporal Segunda vida.
E por vezes sou como a árvore
que, madura e rumorosa, sobre uma campa
cumpre o sonho que a criança de outrora
(abraçada por suas cálidas raízes)
perdeu em tristezas e canções.

2 comentários:

Meg disse...

J.A.

Há poemas que são como as cerejas... estão adormecidos dentro de nós e irrompem quando algo nos toca...

Esta é a saudade: viver no afeto
E não ter morada no tempo
Estes são os desejos: conversa silenciosa
Horas diárias com a eternidade.

Esta é a vida. Até que de um ontem
suba a mais solitária de todas as horas
Tão sorridente, diferente das irmãs
que se calam eternamente
.

Um abraço

Nozes Pires disse...

Belo poema

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.