Não comemoro o 25 de Novembro. data fatídica que equivale, salvaguardadas as diferenças, ao golpe militar que matou Allende. Equivale a todos os golpes contra-revolucionários, por mais distintos que hajam sido no decurso destes dois séculos de lutas de emancipação dos trabalhadores. No Chile um partido socialista aliou-se ao partido comunista e rasgou uma estrada de esperança; em Portugal, um partido socialista, liderado por Mário Soares, aliou-se à direita revanchista e golpeou o processo revolucionário. Não se deve a ele, mas a alguns dos mentores do 25 de Novembro, que a democracia política se conservasse. Abundam os documentos em que se prova que para os chefes de então (ainda vivos quase todos) do PS uma repressão violenta (sangrenta!) da Esquerda não era de descartar. A memória é curta quando os vencedores escrevem a história.
A ler hoje: Jorge Sarabando “O 25 de Novembro a norte – o processo revolucionário no ano
de 1975” (2ª edição).
Sem comentários:
Enviar um comentário