Portugal tem economia mais desigual dos países desenvolvidos
Segundo uma investigação da Morgan Stanley, Portugal é o país desenvolvido com maior desigualdade salarial e de riqueza.
Morgan
Stanley, uma multinacional de serviços financeiros sediada em Nova
Iorque, analisou a economia dos países da OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Económico que tem 34 estados membros e 31
países parceiros) relativamente à igualdade salarial e de distribuição
de riqueza. Os cinco países desenvolvidos mais desiguais, segundo o
relatório, são, respetivamente, Portugal, Itália, Grécia, Estado
Espanhol e Estados Unidos. Os cinco países com economias mais
equilibradas são a Noruega, a Suécia, a Finlândia, os Países Baixos e a
Bélgica. No relatório, foram estudados indicadores como a desigualdade
salarial de acordo com o género, o emprego involuntário a tempo parcial e
o acesso à internet, entre outros. A desigualdade persistente prejudica
o crescimento económico a longo prazo, afirma o relatório, contrariando
as políticas de austeridade que têm sido implementadas nos países do
Sul da Europa, que estão nos quatro primeiros lugares das economias mais
desiguais. De acordo com o relatório apresentado, “as gerações
anteriores de famílias de classe média, no período posterior à Segunda
Guerra Mundial, podiam aspirar a melhoras as suas condições de vida, a
terem uma casa de tamanho razoável, uma boa educação para os seus filhos
e reformas nas quais podiam confiar. Pelo contrário, as aspirações da
classe média hoje em dia esbarram contra a insegurança laboral e das
pensões”.A seguinte tabela resume os resultados do relatório:
Quadro
resumo dos resultados do relatório. A primeira coluna indica o lugar em
que se posicionaram os países, com Portugal em primeiro. As variáveis
avaliadas foram: os
coeficientes
de Gini, a dispersão salarial (% de mudança nos coeficientes de Gini, %
de crescimento salarial real, dispersão de rendimentos e diferença
salarial entre géneros), balanço geral (riqueza líquida da média em
relação à mediana e % da dívida mediana em relação ao rendimento),
inclusão no local de trabalho (desemprego de quem completou o ensino
secundário, trabalho parcial involuntário, Não Estudam Nem Trabalham -
NEET, todos em em %), estado de saúde (intervalo no estado de saúde, em
%) e acesso digital (acesso à internet, em %)
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