Morreu o economista franco-egípcio Samir Amin
13.08.2018 às 20h23
Amin morreu no domingo, num hospital de Paris, para onde foi transferido, em 31 de julho, da sua residência em Dacar, onde foi professor universitário
O
conhecido economista franco-egípcio Samir Amin, um dos promotores do
Fórum Social Mundial, morreu no domingo, com 86 anos, informou nesta
segunda-feira o presidente do Senegal, Macky Sall, país onde vivia. O
Presidente senegalês afirmou, em mensagem colocada na sua conta na rede
social Twitter, que Amin "consagrou toda a sua vida ao combate pela
dignidade de África, à causa das pessoas e dos mais desfavorecidos".
Acrescentou que, "com o desaparecimento do professor Samir Amin, o pensamento económico contemporâneo perde um das suas figuras mais ilustres", terminando com a apresentação de "condolências em nome de todo o país". Amin morreu no domingo, num hospital de Paris, para onde foi transferido, em 31 de julho, da sua residência em Dacar, onde foi professor universitário.
O economista senegalês Chérif Salif Sy, por sua parte, escreveu na rede social LinkedIn que Amin faleceu "depois de um breve período de perda de memória provocado por um tumor no cérebro e de sofrimento", sublinhando que "o mundo perdeu um grande pensador e militante".
Amin foi um dos intelectuais mais reconhecidos do movimento crítico dos termos atuais da globalização, tendo publicado diversos ensaios sobre as relações de dominação entre o norte e o sul. Este teórico das designadas relações Norte-Sul, do marxismo e do maoismo, ícone do movimento defensor de uma outra globalização, dirigiu o Fórum do Terceiro Mundo e o Fórum Mundial para as Alternativas.
No conjunto da sua obra avultam os escritos sobre o direito, a sociedade civil, o socialismo, o colonialismo e o desenvolvimento, particularmente em África e no mundo árabe. Em 2001, Amin e outros intelectuais do movimento contra a globalização, como o galego Ignacio Ramonet, ex-diretor do Le Monde Diplomatique, juntaram-se a líderes políticos, como o então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), para organizar a primeira reunião do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no Brasil.
Nascido no Cairo em 1931, formado em Paris nos anos 1950, Samir Amin trabalhou entre 1957 e 1960 na administração egípcia do desenvolvimento económico, depois no governo do Mali, após o que foi nomeado professor nas universidades francesas de Poitiers e Vincennes, bem como em Dacar.
Acrescentou que, "com o desaparecimento do professor Samir Amin, o pensamento económico contemporâneo perde um das suas figuras mais ilustres", terminando com a apresentação de "condolências em nome de todo o país". Amin morreu no domingo, num hospital de Paris, para onde foi transferido, em 31 de julho, da sua residência em Dacar, onde foi professor universitário.
O economista senegalês Chérif Salif Sy, por sua parte, escreveu na rede social LinkedIn que Amin faleceu "depois de um breve período de perda de memória provocado por um tumor no cérebro e de sofrimento", sublinhando que "o mundo perdeu um grande pensador e militante".
Amin foi um dos intelectuais mais reconhecidos do movimento crítico dos termos atuais da globalização, tendo publicado diversos ensaios sobre as relações de dominação entre o norte e o sul. Este teórico das designadas relações Norte-Sul, do marxismo e do maoismo, ícone do movimento defensor de uma outra globalização, dirigiu o Fórum do Terceiro Mundo e o Fórum Mundial para as Alternativas.
No conjunto da sua obra avultam os escritos sobre o direito, a sociedade civil, o socialismo, o colonialismo e o desenvolvimento, particularmente em África e no mundo árabe. Em 2001, Amin e outros intelectuais do movimento contra a globalização, como o galego Ignacio Ramonet, ex-diretor do Le Monde Diplomatique, juntaram-se a líderes políticos, como o então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), para organizar a primeira reunião do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no Brasil.
Nascido no Cairo em 1931, formado em Paris nos anos 1950, Samir Amin trabalhou entre 1957 e 1960 na administração egípcia do desenvolvimento económico, depois no governo do Mali, após o que foi nomeado professor nas universidades francesas de Poitiers e Vincennes, bem como em Dacar.
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