«Não obstante as polêmicas, ( E. P. ) Thompson sempre manteve no horizonte a necessidade de uma política de frente popular, como salienta Stefan Collini. As dissidências dentro – e fora – do marxismo, combinadas com seu estilo irônico e afiado de escrita, não podem perder de vista que para ele, o que estava em jogo era a defesa de um projeto político radicalmente democrático, inspirado nas lutas do passado. Esse projeto, contudo, não poderia jamais poderia se submeter a uma autoridade que valorizasse a ortodoxia para além da razão. Nesse sentido, o marxismo proposto por E. P. Thompson sempre foi um marxismo rebelde, heterodoxo e crítico, distribuindo farpas contra seus adversários. Uma frente popular na qual o debate e a dissidência pudessem fazer parte – essa era a pretensão thompsoniana.(...)
Fernando Pureza, in JACOBIN
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