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domingo, 27 de junho de 2021

A "indústria cultural" e os novos fascismos

 «(...) O novo radicalismo de direita mobiliza uma política refratária ao diálogo e à reflexão, que está profundamente conectada ao caráter das redes sociais devido, por exemplo: à política do engajamento da atenção que favorece a radicalização de conteúdos produzidos e expostos na rede por meio da utilização de iscas de forte apelo emocional; à capacidade de produzir a sensação de participação política; à “liberdade” para veicular conteúdos preconceituosos sem responsabilização jurídica, na maioria das vezes; à escolha por algoritmos do que as pessoas consomem nessas redes, que produz circularidade de conteúdos e exclusão de tudo que é diferente, facilitando a formação de in-groups e out-groups (ver: Adorno, “A teoria freudiana e o padrão da propaganda fascista“). Esses elementos, entre outros, retroalimentam um autoritarismo cujas bases podem ser as mais variadas possíveis, dilatando-as a ponto de torná-las significativas para a vida política.

Num mundo de precariedade econômica e social que nos coloca num estado permanente de ansiedade, as redes sociais se apresentam como um bálsamo para o sofrimento. Elas ocupam os muitos espaços vazios, de espera e prometem nos livrar de nosso sofrimento a cada mensagem, “meme”, vídeo, etc. Também assim elas garantem maior engajamento que qualquer programa político-partidário. (...)» Bruna Della Torre, in Blogue da Boitempo

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