O que nos mobiliza para o consentimento não é argumento racional, mas a emoção. Não é a verdade, mas a simpatia. Não é a argumentação lógica, mas os valores.
"Gosto" ou "Não gosto", "like", "partilho". A estética contemporânea é o consenso do "gosto". Assim é a ética. "Adoro" ou"Odeio".
A retórica dos valores substitui a retórica persuasiva racional.
A persuasão exerce-se de outros modos. É pré-conceptual. Tentar convencer com conceitos ou categorias do discurso racional é perda de tempo. O interlocutor já se entrincheirou. O diálogo é uma batalha. De certo modo já o Sócrates de Platão o enunciava e anunciava, e isso aprendera-o com os sofistas, muito embora o negasse.
O que vale para mim já está decidido antes do diálogo aparentemente amigável.
A propaganda está difícil. Fácil só a publicidade. Isto é, a propaganda do valor produzido pela relação capital-trabalho.
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