O discurso fascista tem como essência o preconceito. Imagina uma diferença substantiva com algum Outro, atribui-lhe culpas e causas e, assim, explica o passado e o presente. O analfabeto político só consegue digerir papas.
O discurso fascista é agora filho natural de uma pós-modernidade que desistiu da verdade e da ética. O discurso fascista tenta encher esse vazio com a mistificação (mitos de grandezas e glórias passadas).
O discurso fascista é fruto da "morte do sujeito" promovida pela pós-modernidade, aquela parte dela, principal, que expressa o valor da mercadoria, a propaga e a todos obriga. O Sujeito é a Mercadoria, ontologicamente. Se preferirmos, o Sujeito é o Capital, ontologicamente.
Para evitar a dessubjectivação de toda a pessoa o discurso fascista esforça-se por existir por meio da imagem, da palavra agressiva, ruidosa, através da presença na Comunicação, da ocupação permanente das redes sociais, à laia de horda conspirativa. "Eu dou-me a ver, logo existo".
O discurso fascista mostra-se violentamente do Contra, porém é a expressão autoritária da Ordem capitalista. Não existindo mais a Verdade, segundo uma determinada pós-modernidade, o discurso fascista vem em sua substituição. Não vem socorrê-la, porque ele é o preconceito, o pré-juízo, o senso-comum decapitado do seu elemento empírico (a práxis).
O discurso fascista não vem trazer a paz, mas a espada. É por isso que é apreciado pelos fundamentalistas do Velho Testamento (fundamentalistas cristãos e fundamentalistas judeus).
O discurso fascista despreza as palavras Amor e Igualdade. Quando lhe falam em Igualdade saca logo da pistola.
Sem comentários:
Enviar um comentário