Precisamos realizar duas tarefas urgentes:
- Divulgar e explicar a cada momento o nosso projeto anti-capitalista e socialista, ou adaptá-lo ou corrigi-lo se for caso disso. Apresentar uma alternativa ao capitalismo destruidor da humanidade dos trabalhadores explorados e alienados e destruidor do mundo. Apresentar com convicção, clareza, coragem, argumentação.
- Informar e demonstrar os benefícios dos Estados socialistas que foram derrotados (por dentro e por fora) para os trabalhadores de todo o mundo, para a causa da sua emancipação, para a paz, para a contenção das agendas do imperialismo.
Ao mesmo tempo, criticar esses modelos - os meios e alguns dos fins - e distinguirmos os nossos projetos desses projetos realizados mas derrotados.
Todos os meios ideológicos dominantes continuam a atacar a alternativa socialista recorrendo aos defeitos desses modelos, distorcendo, absolutizando, descontextualizando, omitindo a responsabilidade do imperialismo (as suas guerras, intervenções desestabilizadoras, boicotes, provocações). As gerações mais velhas ou não conheceram as conquistas grandiosas desses Estados socialistas ou esqueceram-nas sob o peso da desinformação e da mentira; as novas gerações não conheceram nunca.
Não devemos intimidar-nos. Não devemos silenciar os benefícios, as conquistas. Ao mesmo tempo que não negamos os factos, corrigimo-los até ficarem coincidentes com a verdade. Os nossos projetos não usarão os mesmos meios nem ,imediatamente, alguns dos fins. Logo em seguida defendemos uma nota crucial: o século vinte seria muito pior se não tivessem explodido revoluções progressistas por todo o lado, e quase todas tiveram como impulso a formidável Revolução bolchevique.
Os movimentos neofascistas -populistas- da direita extremista alimentam-se tanto dos fracassos do neoliberalismo, como dos fracassos dos socialismos. Mas não só essa direita tradicional: também as tentativas das novas social-democracias (com pouco a ver com a social-democracia dos anos setenta).
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