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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Psicologia, seu Objecto.

«Visto que o nosos conceito do problema psicofísico, do qual parte a nossa psicologia, afirma a unidade, mas não a identidade, do psíquico e do físico, a investigação psicológica que não é redutível à fisiológica, pressupõe, necessariamente, a análise fisiológica dos processos psíquicos (psicofísicos) e muitas vezes inclui-os. (...) ...deve rever-se toda a investigação de orientação dualista na psicologia tradicional das sensações e dos movimentos: deve mudar-se radicalmente todo o sistema de investigação psicofísica e realizar-se, concretamente, o princípio geral da unidade psicofísica.
3. Dado que os fundamentos materiais da psique não podem reduzir-se aos seus fundamentos orgânicos, porque o modo e o tipo do pensamento humano é determinado pela sua forma de vida e o seu tipo de consciência pelas práticas sociais, os métodos da investigação psicológica que chegam ao conhecimento psicológico do ser humano e que para isso partem da sua actividade e das suas realizações devem apoiar-se na análise histórico-social da actividade humana (Para isso, o psíquico não deve ser socializado, isto é, não deve ficar reduzido ao social. (...) O princípio da individualização da investigação deve ser um princípio primordial da nossa metodologia. (...) Na nossa psicologia deve ser fundamental o princípio da individualização da investigação e a descoberta das leis reais, e isso em vincado contraste com todas as concepções para as quais o essencial é o estabelecimento de valores tipo e trabalhar com métodos estatísticos.(...O O princípio do desenvolvimento é um princípio essencial da nossa metodologia.» S.L. Rubinstein, I vol., «Objecto da Psicologia».

Estes princípios foram, quantas vezes, esquecidos por determinadas correntes da Psicologia. O «princípio do desenvolvimento» que Rubinstein aconselhava há mais de cinco décadas, é hoje regra geral seguido pelos Psicólogos. O mesmo não se pode dizer quanto à análise histórico-social da actividade humana (respeitando o «principio da individualização») nos estudos dos fenómenos específicos do psiquismo (internos e externos). Ou seja, o(s) indivíduo(s) é estudado como um sujeito abstracto, a-histórico, desinserido da história das práticas sociais (em primeiro lugar do trabalho, do lugar e papel na organização do trabalho).

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