4.
ainda adormeço e os factos não cessam de acontecer
a vida continua lá fora sob as estrelas penso em ti ao longe
no falatório da razão erguem-se agora histórias individuais
e há pedaços de raízes arrancados à vida mundana
desencorajas o regresso que nunca foi possível
debruças-te sobre os cambiantes da loucura oculta
alegas franjas pendentes nos discursos imaginados
não fui subtil romântico para te seduzir na tua sedução
sonho recordo. um pressentimento de fim apodera-se
da tua vida vês os refúgio onde pernoitas na dormência?
nas fissuras da pele podem ler-se os ventos soprados como
no deserto retirado se descobre a passagem do sonhador?
Paulo Alexandre e Castro
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