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terça-feira, 11 de maio de 2010

Maio, trabalho, luta

Maio maduro maio


Maio maduro maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul


Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar


Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu´importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar


Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu






José Afonso


in «Poemas Maio trabalho, luta», edições avante!2010

1 comentário:

Manuel Veiga disse...

belo Poema para uma bela canção de luta.

abraços

Viagem à Polónia

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.