Maio maduro maio
Maio maduro maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu´importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
José Afonso
in «Poemas Maio trabalho, luta», edições avante!2010
1 comentário:
belo Poema para uma bela canção de luta.
abraços
Enviar um comentário