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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Artaut e Deleuze
Em O Anti-Édipo (1972), escrto com o psiquiatra F. Guattari, o filósofo G. Deleuze recria as experiências e os escritos de A. Artaut, seguir-seá a série intititulada «Capitalismo e esquizofrenia» que termina com Mille plateaux (1980). Critica S. Freud que muito embora haja descoberto o inconsciente como produção desejante imparável, ilimitada, pareceu atemorizar-se perante essa força produtiva selvagem e instaurou a ficção do «Édipo» para reprimir e ordenar. Ora, Deleuze, tal como Artaut, não persegue identidades fixas(«Eu, Antonin Artaut, sou o meu filho, o meu pai, a minha mãe, etc.». Deleuze forja, então, o conceito de «máquinas desejantes» (qualquer estrutura que produz e consome). O corpo cheio sem órgãos é, pois, o desejo, a energia, que não conhece limites. As máquinas desejnates actualizam transitoriamente e episodicamente essa força sem forma que pode ser todas as formas, matriz de todas as formas e de todos os processos. «O capital é o corpo sem órgãos (...) do ser capitalista». «Corpo sem órgãos» é uma expressão de Artaut. O esquizofrénico é o arquétipo (o negativo é o psicótico das sociedades capitalistas contemporâneas). A «esquizo-análise» de Deleuze e Guattari projectam sobre a ilusão do ego a mais completa desmitificação.
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