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sábado, 21 de novembro de 2009

FEDERICO GARCÍA LORCA (Assassinado pelos fascistas numa madrugada de Agosto de 1936)

I.
BÚZIO

Trouxeram-me um búzio.

Dentro dele canta
um mar de mapa.
Meu coração
enche-se de água
com peixinhos
de sombra e prata.

Trouxeram-me um búzio.

II.

CANÇÃO TONTA

Mamã.
Eu quero ser de prata.

Filho,
terás muito frio.

Mamã.
Eu quero ser de água.

Filho,
terás muito frio.

Mamã.
Borda-me em tua almofada.

Está bem!
Agora mesmo!

4 comentários:

Meg disse...

Zé,

Foi bom recordar a Canção Tonta.
A sua simplicidade, lembra-me outro poema...


O lagarto está chorando
A lagarta está chorando

O lagarto e a lagarta
Com aventaizinhos brancos

Hão perdido sem querer
Seu anel de casamento

Ai! Seu anelzinho de chumbo,
Ai, seu anelzinho chumbado

Um céu grande e sem gente
Monta em seu globo aos pássaros

O sol, capitão redondo
Leva um colete de raso

Olhem que velhos são!
Que velhos são os lagartos!

Ai como choram e choram,
Ai! Ai! Como estão chorando
!

Um abraço

Nozes Pires disse...

Lindo, Meg!

Manuel Veiga disse...

abraço.
gostei muito. de (re)lembrar aqui...

Nozes Pires disse...

Obrigado «herético».Abraço

Viagem à Polónia

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.