Barack Obama, 44º presidente dos EUA, sai do palco. Daí, de um trono partilhado, governou metade, ou mais, do mundo. De um trono partilhado porque assim é o modelo de democracia burguesa norte-americana, responsabilizar apenas um indivíduo serve para desresponsabilizar outros,e, sobretudo, um sistema. Complexo militar-industrial chamou-lhe um presidente-general que ganhou a guerra pelos Aliados. Império, chamam-lhe grandes e decentes intelectuais norte-americanos.
Do trono partilhado ordenou novas guerras e a continuação de outras, tudo em nome, em favor, dos interesses do seu país, isto é, e acima de todos, das mais poderosas corporações mundiais (os texanos donos do petróleo tecem as malhas do Império). Milhões de refugiados na mais completa miséria e no mais absoluto desespero, centenas de milhar de mortos. Os cemitérios estão cheios de crianças (e nunca vimos essas imagens nos media que comandam a desinformação).
O certo também é que melhorou um pouco o sistema público de saúde, muito menos do que era prometido e desejável. Melhorou um pouco a economia norte-americana, insuficiente, contudo, para lhe resolver a crise estrutural (onde foi ganhar Donald Trump).
«Deixa saudades», comentam os comentadores da Direita, ou simplesmente lacaios.
É perguntar às viúvas e aos órfãos que deixou.
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