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domingo, 22 de janeiro de 2017
OPINIÃO
Na transmissão em directo pelas televisões portuguesas da cerimónia e discurso de tomada de posse do imperador Donald Trump, assistimos, mais uma vez e sempre, ao auto-embevecimento de comentadores cuidadosamente seleccionados, isto é todos eles, se não me engano, advogados do neo-liberalismo com mais ou menos nuances. A nuance mais nítida foi representada pela presença ilustre da cabeça-pensante da extrema direita lusitana, Jaime Nogueira Pinto de seu nome, um "politólogo e empresário" conforme reza o Google. Mostrou-se entusiasmado com o nacionalismo de Trump, sentimentos que nos deixa preocupados. Claro que não é credível que as elites que comandam o Império venham a abraçar a extrema direita fascista europeia em público e que alguma vez saibam da existência dos Nogueira Pinto deste mundo, porque os senhores da guerra norte-americanos praticam externamente as técnicas nazis-fascistas mas têm impedido o "Estado de excepção" internamente. Por conseguinte o que é ameaçadora não é tanto a sua política interna no que respeita às liberdades políticas básicas, sim a sua continuada política externa. E é esta que entusiasma a extrema direita lusitana e europeia.
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