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sábado, 17 de julho de 2010

Crises da pintura moderna

2º momento
Periodização

Normalmente a arte moderna é classficada em três períodos: modernismo, arte moderna clássica e arte moderna tardia. O modernismo situa-se entre 1860 e 1870 (Cézanne encerra a sua pintura, e a sua vida, com uma ponte ou transição). A pintura entra em crise sobretudo por efeito das possibilidades que se abrem para a reprodução industrial e pelo surgimento da fotografia. A longa história da pintura ocidental parecia chegar ao seu termo (na música há-de surgir também uma crise semelhante). A revolução (ou ressurreição) através da arte abstracta (que referi no post anterior) não progride lienearmente para a 2ª arte abstracta: paralelamente à transformação profunda operada pelo cubismo (Picasso e outros) desenvolve-se uma arte «comprometida», por exemplo o «realismo socialista» (ou «social»). Um autor subdivide a arte contemporânea em quatro categorias: 1. Representação da natureza; 2. Abstracção da natureza; 3. Abstracção sem referência à natureza; 4. O tipo de pintura de que tenho vindo a falar - uma categoria para a qual não existe termo minimamente satisfatório ( Marcis Hafif, 1981). O rumo da pintura abstracta parece ter sido a depuração na pintura de tudo que fosse perceptivo e supérfluo, um significante sem significados. Exclusiva exposição de quadros num espaço que os tornavam automaticamente objectos artísticos (sem serem necessariamente estéticos), geometria pura, sistema de cores puras. Como vimos anteriormente chega-se mesmo ao esvaziamento do quadro, sem cor ou cor preta. É um momento de radicalismo: desmististificar a própria convenção pictórica de atribuir sentido à cor.
Jackson Pollock (1912-1956) introduz uma arte abstracta inovadora na sua execução e nos efeitos aparentemente inesperados, tentando evitar tudo que fosse planeado, retocado, «agradável». Na pintura norte-americana é um marco incontornável.

1 comentário:

Manuel Veiga disse...

muito bem!

"aprender, aprender, aprender sempre!..."

abraços

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