Para que a vida tenha sentido construímos cenários. As coisas têm de se mostrar organizadas. Essa forma é o sentido. Encaixá-las numa totalidade que a une num encadeamento causal. Deste modo nos permitimos explicar o presente pelo passado e o futuro pelo presente e passado. A base é a referência de origem, a substância da unidade organizada. é o ponto de partida ontológico, normalmente inconsciente, adquirido pelas representações que constituem a Ideologia. Organizamos para dividir : os maus e os bons, o bem e o mal. É a trave-mestra dos filmes de cowboys e das novelas e telenovelas. E da política.
Assim suportamos a vida de rotinas, medos, frustrações. E precisamos de culpados.
Os cenários que alguns engendram para nós e nos vendem, são mercadorias.
Para todos um escapismo, para alguns, um lucro.
O capital financeiro é um desses cenários. O dinheiro, uma ilusão que se revela feiticeira. Real, porque fornece poder. A maior loucura entre todas as loucuras do homem, é o Poder.
A ambição de poder inicia-se no medo.
A seguir, é a dominação pelo medo.
O medo explica a maior parte das condutas humanas e as civilizações. O medo de não sobreviver leva o ser humano a inventar ilusões e cenários.
Sem comentários:
Enviar um comentário