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quarta-feira, 27 de maio de 2020


Horóscopo da Pandemia: O Capitalismo não Morrerá de Coronavírus – Por Fernando Buen Abad Domínguez

«(...) É necessário também, um movimento internacionalista de Filosofia para a transformação da realidade. Não se resolverão os problemas que a acumulação de capital impõe à humanidade, apenas com reformas fiscais nem só com reformas do aparelho do Estado ajoelhado ante as oligarquias. Não se resolverá só com mais hospitais, nem só com mais escolas ou com mais do mesmo. Há que reformar integralmente os conteúdos de cada instituição. Ainda que venham brunidos com palavrório ao gosto de certas tribunas. O modo de produção e as relações de produção devem ser profundamente postos em causa. A posse da terra, as “concessões” mineiras, a soberania dos mares territoriais e, em geral, o direito dos povos a desfrutar das riquezas naturais e do produto do trabalho que a elas imprima e que delas provenha. Toda a democracia burguesa deve ser discutida. A sua história, as suas definições, as suas legislações e as milhares de emboscadas ideológicas e vazias. Há que filosofar no sentido de uma revolução humanista a sério.
É também o momento de descolonizar a Filosofia. Lutar nas entranhas das máfias que a sequestraram para esconder a luta de classes e ornar o capital. Há que interpelar a educação na sua totalidade e os seus servidores do mercado dos conhecimentos. Há que interpelar o modelo de saúde e os princípios porque se rege para o emancipar da lógica do mercantilismo messiânico. Devemos questionar, “até doer”, toda a estrutura de “valores” e “senso comum” inoculados pelos “meios de comunicação” sequestrados para nos submeter ao “síndrome de Estocolmo” que nos obriga a aceitá-los como se fossem nossos, os valores da classe opressora. Há que interpelar integralmente o aparelho jurídico e das sanções… o capitalismo integralmente. Incluindo todos nós. Também devemos questionar a nossa crise de liderança revolucionária e resolvê-la para acabar com o capital. Como será o mundo depois da pandemia?: O mesmo, só com o perigo de que nos sequestrem o futuro novamente… o mesmo, só que piorando velozmente se não nos organizarmos para o transformar. “O perigo está na demora”. Eloy Alfaro.
Via: as palavras são armas https://bit.ly/3eaZSbs

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