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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Eleições presidenciais-Opinião-1

 Vitória de Marcelo como se previa, com mais votos e percentagem do que se previa. Votaram nele a maioria dos eleitores do PS (contados entre os que tencionam votar nele em próximas eleições legislativas) e larga fatia dos eleitores tradicionais do PSD.

Na pessoa da extrema-direita, o velho e novo fascismo lusitano, votaram eleitores que dantes terão votado à direita e à esquerda (muito mais à direita: PSD e CDS). O movimento fascizante elimina o CDS (a Democracia Cristã à portuguesa), conquista eleitores de um PSD incapaz de sair do marasmo em que caiu, absorve descontentamentos, oculta uma agenda política que deseja na realidade uma ditadura. Não renasce das cinzas por via de um medo atávico da pequena burguesia contra a "desordem" dos sindicatos operários, dos comunistas e da "Revolução colectivista", como outrora. É o novo fascismo que virá a ter os apoios substantivos de sectores do grande capital de alguns oligopólios e latifundiários, especuladores, corruptos, parasitas, entretanto rivalizando com os sectores que preferem os ganhos das alianças "conservadoras" entre PS e PSD. A pandemia e a presente crise económica e social ditaram a ascensão dos "corrécios" que falaram a língua dos ressentidos do mundo atribulado do trabalho precário e do desemprego, e que é uma língua perigosamente agressiva. Os fascistas demagogos que organizam as hostes do partido Chega captaram a raiva de pequenos empresários (pequena burguesia tradicional), de operários sem qualificações ou precários, e de pequenos empregados sem vínculos. Somaram-se a fasquias dos empresários da indústria tradicional, pequenos e médios agricultores. E a latifundiários que odeiam há décadas a Esquerda.  Os neofascistas não capturaram as "camadas intermédias" instruída e urbana. É com estas que a democracia e a social-democracia se aguenta.

A extrema-direita chegou, veio para ficar. Quase cinquenta anos depois da Revolução dos Cravos. Democratas, preparemos-nos para a LUTA outra vez!

Que merda!


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