Prolegómenos-ÉTICA-11
“Na noite de domingo, 3 de outubro, a principal fonte da investigação do Wall Street Journal sobre o Facebook revelou a sua identidade no programa de TV 60 Minutes.
Frances Haugen, uma ex-gestora de produto da empresa, disse que decidiu
atuar depois de ver os líderes do Facebook darem prioridade,
repetidamente, ao lucro em vez da segurança. Antes de se demitir, em
maio, ela vasculhou o Facebook Workplace, a rede interna dos
funcionários da empresa, e reuniu um conjunto alargado de relatórios e
de investigações internos, que demonstram como o Facebook optou,
deliberadamente, por não corrigir os problemas da sua plataforma.
Depois, no Senado, ela testemunhou sobre o impacto do Facebook na
sociedade: ‘Estou aqui porque acredito que os produtos do Facebook
prejudicam as crianças, fomentam a divisão e enfraquecem a nossa
democracia’, disse ela, na sua declaração de abertura. ‘Esses problemas
têm solução’, advertiu. É possível uma rede social mais segura,
respeitadora da liberdade de expressão e mais agradável. Mas há algo que
espero que todos aprendam: o Facebook pode mudar, mas claramente não o
vai fazer por sua iniciativa’. "
“Grande parte da economia dos EUA funciona de acordo com os princípios
de um sistema que Shoshana Zuboff, da Universidade de Harvard, apelidou
como ‘capitalismo de vigilância’. Nesse sistema, os capitalistas de
vigilância atuam de uma forma semelhante à dos empresários de petróleo e
de outros negócios de extração: reivindicam direitos de propriedade por
cada bocado de dados que recolham, incluindo dados obtidos em espaços
públicos ou derivados da experiência e propriedade de outros.”
Sem comentários:
Enviar um comentário