1. São minorias que desencadeiam grandes revoltas. Em muitos exemplos são minorias espontâneas, independentemente de existirem ou não organizações políticas criadas para desencadear as revoluções. Sempre minorias, incluindo nelas essas organizações. Nas noites febris da Grande Revolução Francesa foram mulheres, que não tinham que dar de comer aos filhos, que impeliram os homens. Das minorias que fizeram a pequena e a grande história sobressaem os líderes (aqui as designações variam conforma o tipo de liderança), que para o filósofo Hegel encarnavam a Consciência da Época. Podiam ser grandes patifes, porém o resultado dos seus actos era histórico. Alexandre Magno ou Napoleão. É difícil resistir à tentação de ver nestas ideias de Hegel uma justificação das patifarias e um engrandecimento idealista dos resultados. O Código Civil de Napoleão parece justificar a mortandade que ele provocou entre os franceses que o seguiram. E o império britânico não teria sido o resultado principal?
2. Não podemos julgar o passado com critérios éticos do presente. Parece indiscutível supondo um passado com mil anos de afastamento relativamente aos valores do nosso presente. Mas, então, é difícil avaliar o "peso" do passado. Fazemos apenas arqueologia. E isto basta? Não há possibilidade de referentes, padrões, modelos de comparação, critérios que representem o universal e o que poderíamos classificar, no mínimo, como melhorias para as maiorias?
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