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quarta-feira, 30 de junho de 2010

A duas vozes

O ministro do ensino superior e da ciência pede aos portugueses para estudarem mais, que é preciso duplicar o número dos licenciados (de um milhão para dois milhões), que é urgente aumentar-se a produtividade. Este axioma mais qualificação=mais produtividade é um velho lamento e uma velha receita. Não é falsa, mas porque não é «falsificável» como diria o falecido Popper. Primeiro importa escolher: é déficit e o endividamento que constituem a doença principal ou a produtividade? Segundo - Aumentar as receitas do Estado sem aplicar políticas de crescimento é aumentar a produtividade? Bastam boas qualificações com baixos salários e emprego precário para aumentar a produtividade? Qualificação mais baixos salários menos serviços sociais a cargo do Estado fazem melhorar a produtividade? Não é o salário aquilo que corresponde às despesas necessárias à reprodução da força de trabalho do trabalhador? Não é o emprego garatido e na ocupação em que se qualificou o trabalhador um estímulo para a produtividade? Estão as empresas preparadas e interessadas em empregos qualificados, portanto, mais caros?
O ministro fala para um lado, o ministro das finanças fala para outro.

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