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sexta-feira, 11 de junho de 2010
Gritos pós-modernos
Tenho visto ultimamente algumas peças de teatro onde impera a gritaria. Surpreendeu-me assistir a uma «Antígona» com gritos, rugidos e movimentos exacerbados. Um Tchekov com décibeis acima do suportável. Por mais tolerante às experiências que eu consiga ser custa-me rever-me numa Antígona histérica e num Tchekov histriónico. Suspeito que Deleuze tinha carradas de razão quando classificava o tempo da pós-modernidade capitalista como «paranóia» universal (Certo é que ele preferia o «esquizofrénico», por achá-lo mais libertador). Provavelmente a gritaria histérica é pós-moderna. Neste caso prefiro conservar-me na Modernidade.
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