O que é o idealismo em filosofia? É, estritamente falando, idealizar a realidade. O contrário, portanto, de realismo. Há idealismos extremos, como o defendido pelo bispo Berkeley que negava a existência objectiva do mundo fora das suas (dele) sensações, «ser é ser percebido». Há idealismos moderados, como o de I. Kant, que defendia que somente os fenómenos são cognoscíveis, o que está "por detrás deles", os númenos, é incognoscível (admite-se a sua existência apenas como crença), à semelhança de D. Hume que considerava meras "crenças" todas as nossas convicções (habituamo-nos a acreditar por conveniência). Deste modo, há idealismos que negam verdadeira realidade independente ao mundo fora da intervenção dos sentidos ou dos significados que lhe atribuímos, isto é, o sujeito é que fornece realidade às coisas. Sem a consciência, ideias ou intervenção humana, nada existe, ou existe apenas o nada. Se existe algo não sabemos o que seja, somente quando digo «isto é vermelho» esta coisa vermelha existe.
A filosofia distingue realidade, de existência. E faz outra distinção: entre Ser (ontos) e entes.
O materialismo toma uma posição completamente contrária aos idealismos.
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