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domingo, 6 de junho de 2010
Joana Vasconcelos e a pós-modernidade
A artista portuguesa Joana Vasconcelos exemplifica características fortes do que se convencionou designar como pós-modernidade em filosofia e pós-modernismo nas Artes. Exemplifica pelo lado bom da coisa e não pelo lado mau. É uma artista beneficiada pelos media mas que, apesar disso, faz jus à sua fama. Acessível ao gosto comum ou médio (na Era da Arte industrial ou, se preferirmos, comercial, mercantil) pelo seu estilo popular, aparentemente popular, que utiliza materiais que simulam a tradição e o artesanato popular (rendas, por exemplo), transmite, no entanto, uma crítica ao consumismo, ao império da imagem e do simulacro, desterritorilizando (termo usado pelo filósofo Gilles Deleuze, que exprime a perda de territórios fixos e o ganho de maior liberdade), deslocando dos contextos originais (garrafas de vidro, colheres de plástico, este modelo que aqui se expõe). Há, portanto, uma ironia propositada nas suas obras que impede uma leitura óbvia, ou seja, parece escolher o óbvio, mas não é assim de facto.
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