Sobre A Mente Moralista, de Jonathan Haidt
Uma perspetiva evolucionista ou neo-darwinista de um autor famoso
« Rastreando os fundamentos biológicos da moralidade
Haidt participou de um projeto de pesquisa que pretendia desvendar o código da
moralidade. Ele se associou a Craig Joseph, da Universidade de Chicago, e ambos
começaram a recolher listas de virtudes em diferentes culturas ao redor do mundo.
Depois analisaram a lista para verificar se surgia algum padrão. Descobriram que sim.
Haidt diz que “quando você vê alguma versão de bondade, justiça e lealdade como
valores na maioria das culturas, começa a imaginar que existam alguns traços que
indicam um mecanismo moral comum a toda uma espécie”.
Naturalmente, enquanto esses padrões comuns entre diferentes culturas sugerem um
mecanismo psicológico, não é possível assumir que isso seja uma regra. Haidt e Joseph
mergulharam na literatura da psicologia da evolução para identificar teorias
evolucionárias bem estabelecidas que ajudassem a explicar os padrões que eles
encontraram. Quando completaram o processo, chegaram a seis mecanismos, que
rotularam de módulos ou fundamentos que se mostraram excelentes explicações para
as raízes biológicas da moralidade. Os seis módulos, que já mencionei anteriormente
são:
O Módulo dos Cuidados e Danos
O Módulo da Justiça e Fraude
O Módulo da Lealdade e Traição
O Módulo da Autoridade e Subversão
O Módulo da Liberdade e Opressão
O Módulo da Santidade e Degradação
Se você quiser se aprofundar nesse tema, acesse
http://faculty.virginia.edu/haidtlab/mft/index.p »
in Café Brasil, podcasts, criado e alimentado por um profissional brasileiro de pensamento simpatizante da extrema-direita. Não é por acaso que expôs (a seu jeito) o livro mais famoso de Haidt (A genética
explica entre de 30% a 50% da variabilidade das pessoas conforme suas atitudes
políticas.
Ser criado num ambiente de esquerda ou conservador conta menos do que nossa
genética). Nas recentes teses a favor da "cooperação" na chamada "natureza humana" os conservadores norte-americanos conflituam por fazer vingar as suas sobre as teses dos mais moderados (liberais que significa ser-se adepto do Partido Democrata). É o evolucionismo darwinista ou neo-darwinista recente que se mostra mais complacente com as críticas que tem recebido (inclusive de evolucionistas). Esforça-se por demonstrar (agora) a influência social sobre a formação das sociedades humanas e o comportamento dos indivíduos. Normalmente essa tentativa é falhada. O que se mostra é uma espécie de determinismo "natural".
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