Duas questões a ter-se em conta:
1ª os avanços progressistas cometidos pelo ou sob o liberalismo. Sublinhar as conquistas revolucionárias da pequena burguesia nos anos primeiros da Grande Revolução Francesa. Os direitos iguais. Os direitos individuais. A abertura para a emancipação da Mulher e dos escravos. A eliminação de muitas das leis feudais, das monarquias absolutas e do poder clerical. A autolibertação dos escravos negros no Haiti. O período histórico da burguesia revolucionária na Europa. O Direito, a Filosofia, a Ciência, a Técnica.
2ª A influência das revoluções socialistas e das revoluções de libertação nacional nas colónias no alargamento e aprofundamento dos direitos sociais (económicos, políticos, culturais) das classes trabalhadoras e das mulheres, na constituição dos Estados ditos Sociais.
Muitas conquistas foram perdidas, tanto pelas derrotas da pequena burguesia nas revoluções liberais, como pela morte dos regimes e Estados socialistas e independentistas. Contudo, não desapareceram da História. Os avanços nas revoluções liberais mais radicais serviram para os avanços revolucionários em favor dos trabalhadores. As reformas revolucionárias processadas pelos países de experiência socialista não foram esquecidas e servirão as finalidades estratégicas dos partidos mais reformistas ou dos revolucionários.
Julgo serem pistas incontornáveis para se analisar a dialética da História.
A evolução da Ética e das morais que a concretizam segue estes processos dinâmicos da superação-conservação e das derrotas que permitirão saltos qualitativos mais realistas e duradoiros, como sucede, por exemplo, na China e no Vietname, ou mesmo, embora relativamente, em Cuba, Venezuela, Nicarágua.
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