A Ética não se funda no princípio da felicidade, nem no princípio do dever. A ética idealista desde os gregos antigos foi sempre uma mistificação da qual nem sempre os próprios estavam dela conscientes. Colaboravam com os poderosos porque estes lhes pagavam ou porque destes tinham medo. Os filósofos materialistas ocidentais (fundados por Demócrito e Epicuro) até Marx e para aquém desde fundavam a ética quer fosse no gozo da boa vida sem prejuízo dos outros, quer fosse na liberdade, ou na igualdade, ou na Justiça social.
Aqui o fundamento é equivalente a finalidade última (através de mediações). A finalidade última é alcançar o máximo de igualdade face aos meios de produção, distribuição e usufruto dos bens produzidos. Com essa igualdade (sempre acrescentada e renovada) é possível o máximo de liberdade - onde todos são iguais, todos são livres.
Todavia, fundamento pode entender-se o fundo ou essência ontológica. A essência do homem é a sua sociabilidade promotora de condições concretas de viver.
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