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quinta-feira, 4 de março de 2010

OUTRA VEZ CUBA

A notícia da morte de um prisioneiro em Cuba é relevante, sob a avalanche de notícias diárias, por dois motivos relacionados: primeiro, porque as agências de notícias não apenas empolam o caso (relativamente a outras notícias) como o apresentam já interpretado, o que não sucede sempre com as notícias, isto é, o acontecimento demonstraria, segundo essas fontes, a malignidade do regime cubano; se as notícias fossem sempre interpretadas com a mesma coerência então os milhares de assassínios perpetrados pelos EU no Iraque e no Afeganistão (incontáveis civis mortos por «erros») seriam apresentados precisamente como assassínios e os EU como um império maligno (Lembre-se Guantánamo e as torturas nas prisões no Iraque). Segundo, porque do prisoneiro que faleceu em greve de fome, lamentável a todos os títulos, não somos informados dos motivos da pena a que estava condenado, nem ouvido qualquer governante cubano. Deste modo ficamos sem saber qual a atitude a tomar: foi abandonado à sua sorte? foi desleixo grave dos serviços prisionais? a pena a que foi condenado deve-se exclusivamente a um «delito de opinião»? Não sabemos. Apenas podemos duvidar que o falecido e outros presos o sejam por mero «delito de opinião», pois que a Constituição da República cubana, tanto quanto sabemos, não proibe a expressão das opiniões. Seja como for o que nós temos direito é a uma informação cabal e completa. Transmitir metodica e sistematicamente notícias tendenciosas sobre Cuba e acusar esta de proibir o direito à informação e à livre opinião, parece-me no mínimo incongruente. A mim provoca-me desconfiança e até alguma repugnância. Deixem Cuba explicar-se e deixem-nos tirar as conclusões.

2 comentários:

cid simoes disse...

E Guantanamo? Exemplo de liberdade e direitos humanos.

Carol Bonando disse...

impressionante!
e enquanto isso no brasil, as pessoas morrem de fome por nao terem o que comer...

abs

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Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

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Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.