A saudade é uma pura perda de tempo.
Pelos mortos não se tem saudade mas uma dor incurável.
Pelos vivos que não vemos há muito tempo
temos remorso porque não os reavemos.
Pelos amores passadiços não temos saudade alguma.
Lembrar é escrever na água.
De modo que a saudade é um sentimento vão.
O que importa é o que vem de novo
Uns olhos negros numa noite de lua cheia
ou uns olhos castanhos numa tarde sereníssima.
A vida, não a morte nem a dor.
Há-de o sol nascer amanhã
Há-de o cinzento ganhar cor.
2 comentários:
"grande e vagaroso vento da biblioteca do mar. Aqui posso descansar."
Tomas Tranströmer, in Das große Rätsel ...
assim este poema.e as linhas de água que nenhum vento apaga.
fraterno abraço, grata pela partilha
Mel
Muito obrigado Mel.
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