Escrevemos aqui há algum tempo atrás que o este Governo do PS liderado pelo Eng. Sócrates tinha a existência a crédito de curto prazo (o curto prazo é relativamente indeterminado). Tinha se...e este «se» faz a toda a diferença, é nos «ses» que a história se desenrola. Ganhou algum fôlego com a abstenção do PSD na votação sobre o PEC; perdê-lo-á se o lider entretanto eleito do PSD cumprir com a ameaça: afirma-se com as mãos livres para votar conta tudo aquilo que entender nas regras de cumprimento do PEC. Suspeito que não vota contra o prolongado e generalizado congelamento dos salários, nem contra as privatizações de todo o sector social do Estado (empresas e liberalização ainda maior dos serviços de saúde, ensino, energias, água, etc, etc.). De modo que não se vê que a substância do PEC suscite revolta no PSD. E menos se vê ainda que as propostas de alteração vindas do PSD venham a conquistar o consenso do resto da Oposição (pouco ou nada aproximam o PCP e o Bloco das ideias do PSD e do CDS. Quem ganha fôlego com isto é o Eng. Sócrates. Dizia um político célebre. I. U. Lenine, que um governo não consegue mais governar contra o querer dos «de baixo». Consegue. Basta que uma boa parte da Opinião Pública, ou dos seus partidos que a representam e a fabricam, tenha ideias pouco diferentes dos governantes.
As revoltas dos «de baixo», por enquanto pelo menos, não os fazem tremer. Mas bastaria que os quase setecentos mil desempregados viessem para a rua vários dias seguidos. Têm tempo para isso. E motivos.
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