Um dos filmes que mais e melhor dizem o que é a manipulação dos públicos pelas televisões chama-se «Confissões de uma mente perigosa», realizado por Georges Clooney e perfeitamente interpretado por Drew Barrymore. Trata-se não de reality shows mas de concursos, alguns dos quais já cá estiveram em Portugal. O desprezo do inventor desses concursos (Drew Barrymore no caso), figura real, pelos públicos é infinito. Os participantes aderem com genuíno entusiasmo (a ingenuidade não é a palavra adequada) tanto a concursos cujos prémios são a dinheiro ou viagens, como a concursos de exclusivo narcisismo (cantarem, dançarem, etc.), com a particularidade de serem seleccionados por serem medíocres, dando, assim, um espectáculo de si mesmos absolutamente confrangedor. Esta história verídica, ainda que ficcionada, ensina mais do que um tratado.
Os entertainrs, pivots, seja lá o que forem, incluindo, sobretudo, os administradores das tvs, enriquecem estupidamente, os públicos, ignaros e patéticos, embrutecem.
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