As utopias podem ser sonhos impossíveis, messianismos políticos, projectos e devaneios, doutrinas e profecias, contudo são inevitáveis como os sonhos da razão e do sentimento, que fornecem a esperança, fecundam a imaginação, impelem para a acção, permitem heroísmos, estimulam solidariedades improváveis, projectam os melhores altruísmos. Se bem que transversais às religiões, não constituem uma instituição vertical, emanam da fé da irmandade, da vontade de realizar a comunidade. Boas e más, degeneradas ou pragmáticas, fracassadas ou abandonadas, elas ressurgem, porque são uma componente inextinguível do desejo e da vontade. A utopia rebela-se contra a submissão. Sem utopia não se criaria nada.
O terrorismo não possui utopia alguma.
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