Há nas estéticas e filosofias pós-modernistas uma pulsão anti-controlo. Disciplina? É controlo (disciplina só para os recrutas, professores e juízes). Responsabilidade política e pública? É controlo (os ex-ministros só escrevem auto-biografias laudatórias e vendem-nas como pãezinhos quentes). Contribuições e impostos?É controlo (excepto se forem aplicados aos trabalhadores). Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito? É controlo (nem sequer tendencial). Escola pública obrigatória? Nem pensar, é controlo totalitário (melhor seria que a privada fosse obrigatória). Estado intervencionista? querem um Estado autoritário, é? TV pública? Igual a controlo das mentes porque mente a favor do governo. Nunca. É com as privadas que se oferece o pluralismo e a informação verdadeira (insuspeitas só as grandes estações privadas norte-americanas). Controlar os mercados? Alto lá! Os mercados é que devem controlar.
O neo-liberalismo inflitrou-se no pós-modernismo, driblou Faucault, engoliu Deleuze e a seguir vomitou-o.
A deixar-se comer assim o pós-modernismo acabará como ideologia filosófica do neo-liberalismo.
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