Sonhei que
o país consumia o que produzia e produzia o que consumia;
que, no vasto oceano, navegava uma frota pesqueira e o peixe chegava fresco e barato às lotas;
que os operários acorriam às novas fábricas com justos salários e direitos garantidos;
que os centros de emprego estavam às moscas;
que os campos, cultivados, resplandeciam de frutos maduros, sem incêndios, sem latifúndios, sem fome;
que, nas escolas públicas, os estudantes aprendiam e os professores ensinavam com um sorriso.
que, nos centros de saúde, os idosos não morriam da espera.
Acordei com um silêncio inquietante nas ruas. As pessoas haviam acorrido às praias e aos centros comerciais. Na tv uns senhores de gravatas de seda prometiam para amanhã o que em trinta anos não haviam feito.
2 comentários:
Será utópico acreditar (e desejar) num mundo onde o essencial - o pão, a educação, saúde ... - fosse uma premissa em detrimento do acessório - estes consumismos desmesurados que nos impingem...?
Estimado José, bem-haja por nos recordar a importância e o valor dos sonhos. E o papel dos homens na sociedade.
Abraço fraterno
Mel
Abraço fraterno Mel e com admiração pelo teu labor.
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