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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Viagem a Cuba
Praça da Revolução. Imensa, com três ícones gigantes: o que aqui se vê é o retrato de Camilo Cienfuegos, um dos três comandantes da guerrilha, morto num desastre de avião pouco depois da entrada vitoriosa em Habana. Os outros dois são, evidentemente, de Fidel e do Che. Desde garoto que admiro profunda e convictamente aqueles povo, aqueles comandantes, aquele orgulho nacional e independentista, resistindo a invasões, cercos, calúnias, bloqueios económicos. Sem Cuba o MPLA não teria derrotado a invasão dos sul-africanos do apartheid (coligados com os EU e a famigerada Unita). Sem Cuba a democracia não se teria instaurado em vários países da América central e do sul. Viajei por Cuba e a hospitalidade e a segurança são completas. Pobreza sim, mas não envergonhada; e muito esforço de produção nos campos trabalhados. Aos que a visitam com preconceitos de cassette, a esses para quem tudo que não seja o capitalismo é ditadura, para esses eu não farei o que fez o «libertado» da caverna de Platão, que regressou aos agrilhoados e em vez de lhes poder abrir os olhos para a luz (a saída) levou uma sova. Não, não farei. Quero que vivam e morram como cegos, e que sejam mui felizes (mas que permitam que os outros também o tentem).
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