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sábado, 4 de setembro de 2010

RIQUEZAS

"Se você souber exactamente qual é o montante da sua riqueza é porque não é realmene rico», afirmava J.-P. Getty, no tempo em que era considerado o homem mais rico do mundo; e, para um dos Rothschild, «a riqueza começa quando não se consegue gastar os rendimentos dos rendimentos do nosso capital», Quantas pessoas há no mundo que correspondem a estes critérios? Talvez alguns milhares.
Cada uma delas possui várias residências luxuosas em diferentes países; palácios e castelos na Europa e no Oriente, propriedades sumptuosas em Bel-Air ou Palm-Spring nos Estados Unidos, em Marbella na Espanha, apartamentos imensos ou edifícios particulares em Nova Yorque, Paris, Londres, iates do tamanho de paquetes. Em cada posio que têm arrecadam obras de arte, móveis preciosos, jóias; mas também vestidos, fatos, peles às dezenas; fazem encomendas de charutos e vinhos finos, reservam Rolls, Lincolns, Mercedes e Ferraris. Dezenas de criados, cozinheiros, motoristas, guardas, asseguram a manutenção e a vigilância enquanto esperam a passagem do senhor. Têm à disposição esquadrilhas de helicópteros e aviões privados, indo do Falcon ao Boeing 727, Os mais extravagantes são capazes de atravessar o Atlântico só para um jantar no Tour d'Argent, alugam ao ano nos mais sofisticados hoteis-palaces suites, onde eles passam quando muito as quarentas e oito horas necessárias para fazerem umas comprazitas, vestem cães e gatos de pels e jóias que dêem com os deles; forram de vison os assentos dos Rolls e chapeiam de ouro as sanitas das suas casas de banho...»
Este texto (apenas fragmentos) foi publicado talvez em 1989. Desde então multiplicaram-se os ricos e substituiram-se no topo. Multiplicaram-se também os pobres numa desproporção absoluta com o número dos muito ricos. Temos ambos os casos em Portugal e no Brasil. Entretanto, rebentou a «bolha», mas o resultado, por ora, não fez diminuir o número dos multimilionários, fez aumentar exponencialmente o número dos pobres e muito pobres. É o «Triunfo das Desigualdades». Quem protesta é desclassificado como «arruaceiro», «ressentido». O abismo ainda está longe ou já estivemos mais longe do que agora?

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